Operação 'Aposentadoria Segura' prende 3 por fraudes de R$ 50 mil no INSS
Fraudes no INSS: 3 mulheres presas em Miraí

A Polícia Civil de Minas Gerais desmantelou um esquema de fraude que causou prejuízos de aproximadamente R$ 50 mil a beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação, batizada de 'Aposentadoria Segura', resultou na prisão de três mulheres com idades entre 18 e 47 anos na cidade de Miraí, localizada na Zona da Mata mineira.

Como funcionava o golpe contra aposentados

As investigações revelaram que o grupo criminoso atuava realizando transações não autorizadas por meio de internet banking. As suspeitas abriam contas digitais utilizando dados obtidos de forma ilegal, solicitavam portabilidade de benefícios previdenciários e contratavam empréstimos, refinanciamentos e antecipações do 13º salário sem o conhecimento das vítimas.

Os valores eram transferidos através do sistema Pix para diversas contas, dificultando o rastreamento das transações. O esquema afetou pelo menos cinco vítimas que tiveram seus dados pessoais violados para a prática dos crimes.

Material apreendido nas buscas

Durante as ações realizadas na quarta e quinta-feira, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão que resultaram na apreensão de computadores, celulares, cartões bancários e documentos pessoais das vítimas. Também foram encontrados contratos de empréstimos, procurações e outros materiais que comprovam a atuação criminosa do grupo.

O delegado responsável pelo caso, Vitor Machado, afirmou que o material coletado permitirá aprofundar a análise financeira e digital das transações realizadas pelas investigadas.

Medidas judiciais e crimes imputados

A operação incluiu representação pelo afastamento do sigilo bancário das contas vinculadas às investigadas, além da quebra do sigilo telemático das transações. Judicialmente, foi decretado o sequestro de ativos financeiros e outras medidas cautelares.

As três mulheres presas poderão responder por estelionato qualificado, furto mediante uso de dispositivo eletrônico, associação criminosa majorada e corrupção de menores. O caso continua sob investigação da Polícia Civil mineira.