
Ela chegou ao banco com uma história bem ensaiada e documentos que, à primeira vista, pareciam legítimos. Mas algo não cheirava bem — e o gerente percebeu.
Numa manhã comum em Manaus, uma mulher de 38 anos tentou realizar o que muitos golpistas sonham: pegar quase R$ 100 mil emprestados em nome de outra pessoa. A vítima? Um idoso de 76 anos, que provavelmente nem desconfiava que seu nome estava sendo usado dessa forma.
O golpe que não passou da porta do banco
Aconteceu numa agência do Banco do Brasil no bairro São Geraldo, zona centro-sul da capital amazonense. A suspeita — cujo nome a polícia ainda mantém em sigilo — apresentou documentação do idoso e até um comprovante de residência. Tudo muito organizado, sabe? Mas eis que surge o problema: ela não era o homem de 76 anos que dizia representar.
O funcionário do banco, desconfiado como deve ser, fez algumas perguntas básicas. A resposta veio na forma de nervosismo visível e contradições na história. Rapidamente, acionou a polícia.
"Ela agiu com bastante calma", diz testemunha
Testemunhas contaram que a mulher mantinha uma postura tranquila, quase despreocupada. "Parecia mais uma cliente normal, mas dava pra ver que ela ficou agitada quando o gerente começou a questionar", relatou uma pessoa que preferiu não se identificar.
A Polícia Civil chegou rápido e a deteve em flagrante. Na bolsa, encontraram os documentos do idoso — que, pasme, mora num abrigo para a terceira idade. Como ela conseguiu esses papéis? Essa é a pergunta que ainda ecoa nas delegacias.
Os números que assustam
- Valor do empréstimo tentado: R$ 99.800 — quase uma casa popular
- Idade da vítima: 76 anos
- Idade da suspeita: 38 anos
- Local: Agência do Banco do Brasil no São Geraldo
O caso serve de alerta para familiares de idosos. Num país onde golpes contra aposentados viraram quase rotina, essa tentativa frustrada mostra que os criminosos estão ficando cada vez mais ousados — e preparados.
Agora, a mulher responde por falsidade ideológica e estelionato. Foi levada para o Centro de Detenção Provisória de Manaus, onde aguarda o andamento do processo. Enquanto isso, o idoso — que sequer sabia do golpe — está sob proteção de familiares.
Resta saber: quantos outros casos assim passam despercebidos por aí? A pergunta fica no ar, enquanto Manaus registra mais um capítulo na luta contra crimes financeiros.