
O que parecia apenas mais um vídeo polêmico na internet acabou virando um verdadeiro ponto de virada para muitas famílias brasileiras. Depois que o youtuber Felca — aquele mesmo que sempre mete o dedo na ferida — resolveu cutucar a onça com vara curta e denunciar a exposição exagerada de crianças nas redes, o assunto explodiu feito pipoca no micro-ondas.
Não é de hoje que a gente vê perfil de mãe e pai transformando os pequenos em "influencers mirins" sem nem perguntar se eles querem essa vida. Mas agora, com o caso ganhando os trending topics, muita gente tá repensando aquela foto fofa do filho na banheira ou da filha fazendo gracinha.
O outro lado da moeda
Psicólogos ouvidos pelo nosso time foram direto ao ponto: não é brincadeira. "Quando você posta uma imagem íntima do seu filho", explica a Dra. Renata Vasconcelos, "está criando uma pegada digital que ele não escolheu e que pode voltar como um bumerangue no futuro".
E olha que o perigo não é só daqui a 10 anos. Tem casos assustadores de:
- Imagens roubadas e usadas em sites impróprios
- Dados pessoais vazados (até a escola da criança!)
- Golpes aplicados usando informações dos posts
Pra piorar, tem pais que nem se tocam — postam a criança de uniforme, mostram a placa do carro, marcam a localização exata do parquinho... É como entregar um mapa do tesouro pra gente mal-intencionada.
E agora, José?
Alguns influencers pais já começaram a apagar fotos antigas (tarde demais?) e a repensar seus conteúdos. Outros — esses são os piores — continuam fingindo que o problema não existe, como avestruz enfiando a cabeça na areia.
Mas a discussão tá longe de acabar. Nas redes, os comentários se dividem entre:
- "Minha conta, minhas regras" (como se a privacidade da criança fosse propriedade dos pais)
- "Melhor prevenir do que remediar" (a turma mais cautelosa)
- "Tá exagerando, isso é mimimi" (os que ainda não acordaram pra vida)
Enquanto isso, Felca — que começou esse rolo todo — segue recebendo tanto apoio quanto críticas. Mas convenhamos: se não fosse ele cutucando a ferida, será que esse debate importante estaria acontecendo?
Uma coisa é certa: a internet não esquece. E as crianças de hoje podem cobrar no futuro a conta dessa exposição não consentida. Fica o alerta.