Mulher condenada a 22 anos por perseguição e difamação online no MS
Condenação de 22 anos por crimes digitais no MS

Mulher recebe pena de 22 anos por crimes digitais em Mato Grosso do Sul

Uma mulher de 36 anos foi condenada a 22 anos, 9 meses e 16 dias de prisão por cometer crimes de perseguição e difamação contra pelo menos 15 pessoas ligadas ao seu ex-marido. O caso ocorreu em Paranaíba, Mato Grosso do Sul, e chama atenção pela gravidade dos crimes digitais praticados.

Detalhes da perseguição virtual

De acordo com as investigações da Polícia Civil, os ataques aconteceram ao longo de dois anos. A acusada descobriu que o ex-companheiro havia se mudado de São José do Rio Preto (SP) para Paranaíba e, após localizar o novo endereço, iniciou uma campanha de difamação na internet.

Entre as acusações falsas divulgadas, ela afirmava que o ex-marido seria "estuprador de crianças" e teria um mandado de prisão em aberto. As ofensas não se limitaram ao ex-companheiro, atingindo também familiares, amigos e empregadores da vítima, causando prejuízos emocionais e profissionais a todos envolvidos.

Métodos utilizados nos crimes

A Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) revelou que a acusada utilizava chips telefônicos registrados em nome de terceiros, em algumas situações no nome das próprias vítimas. Ela também criava perfis falsos nas redes sociais para disseminar as calúnias.

Segundo a polícia, a mulher chegou a abrir uma ação judicial alegando abandono afetivo e apresentou imagens de conversas que, de acordo com as vítimas, teriam sido manipuladas digitalmente.

Prisão e consequências jurídicas

A prisão da acusada ocorreu na zona norte de São José do Rio Preto (SP) durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ela está detida desde setembro de 2024 e aguarda possíveis recursos da decisão de condenação.

A mulher foi condenada por múltiplos crimes, incluindo: denunciação caluniosa, ameaça, falsa identidade, perseguição (stalking), falsidade ideológica, invasão de dispositivo informático e injúria racial.

O caso serve como alerta para as consequências graves da perseguição online e da difamação digital, crimes que têm se tornado cada vez mais comuns com o avanço da tecnologia e das redes sociais.