Mulher presa em Arujá por maus-tratos a cachorro da raça Chow Chow
Mulher presa por maus-tratos a cachorro em Arujá

Uma mulher foi detida pela Polícia Civil na última quinta-feira (19) na cidade de Arujá, suspeita de cometer maus-tratos contra um cachorro da raça Chow Chow. A prisão ocorreu após uma denúncia anônima que levou os agentes até a residência da acusada, localizada no bairro Primavera.

Condições precárias do animal

No local, os policiais encontraram o animal em situação considerada extremamente crítica. O cachorro estava confinado em um espaço muito pequeno, insalubre e sem higiene adequada. Além disso, ele não recebia alimentação e água de qualidade e não tinha qualquer tipo de acompanhamento veterinário.

Devido ao estado de saúde grave, o cão foi imediatamente resgatado e encaminhado para atendimento médico especializado. A operação de resgate contou com o apoio do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), de um hospital veterinário e da ONG 100% Vira Lata.

Resgate e relatos de violência

Sueli Portes, presidente do Instituto Arujaense de Defesa e Proteção dos Animais, atendeu ao chamado da polícia e se tornou a fiel depositária do animal. Ela descreveu a cena como chocante. “Infelizmente, o estado dele era horrível, horrível. Fiquei chocada”, afirmou Sueli.

Segundo seu relato, o Chow Chow estava infestado por parasitas. “Muito bicho debaixo dos pelos. Ele estava com uma dermatite embaixo. Então, era muito bicho. A gente tirou, assim, meia sacola de um mercado só de bicho. E muito debilitado”, detalhou. A agressividade do cão durante o resgate foi atribuída a um histórico de violência. “Relataram para mim que esse animal apanhava muito. Três adultos batiam e até a criança foi pega batendo nesse cachorro”, completou a presidente do instituto.

Desfecho policial e cuidados com o cão

Após a conclusão dos trabalhos de campo da Polícia Civil, a mulher, identificada como tutora do animal, foi presa em flagrante. Ela passou a noite na cadeia e, na manhã da sexta-feira (20), foi encaminhada para uma audiência de custódia, onde um juiz decidirá sobre a medida cautelar aplicável.

O cachorro, por sua vez, realizou uma série de exames no hospital veterinário e agora está sob os cuidados de Sueli Portes, que se responsabilizará por sua recuperação. O caso segue sob investigação, e a mulher responde por crime de maus-tratos, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

A ação reforça a importância das denúncias anônimas no combate a crimes contra animais e a atuação conjunta entre polícia, conselhos comunitários e organizações não governamentais para a efetiva aplicação da lei.