Homem invade jaula de leoa e morre atacado em zoológico de João Pessoa
Homem morto por leoa ao invadir jaula em zoológico

Tragédia no Parque Arruda Câmara

Um homem morreu após ser atacado por uma leoa quando invadiu o recinto do animal no Parque Arruda Câmara, conhecido como Bica, em João Pessoa, no último domingo (30). A prefeitura municipal confirmou que as atividades no local foram suspensas por tempo indeterminado enquanto as investigações sobre o caso estão em andamento.

Como aconteceu a invasão

De acordo com informações oficiais, o homem conseguiu acessar a área restrita da leoa escalando uma parede de mais de 6 metros de altura, ultrapassando grades de segurança e usando uma árvore como apoio para entrar no recinto. O parque estava funcionando normalmente desde às 8h da manhã quando o incidente ocorreu, com diversos visitantes testemunhando a cena.

Vídeos gravados por pessoas que estavam no local mostram o momento em que o homem escala uma estrutura lateral da jaula e utiliza a árvore dentro do espaço da leoa para conseguir acesso. Imediatamente após adentrar o recinto, ele foi atacado pelo animal.

Consequências e investigações

A identidade da vítima ainda não foi divulgada oficialmente, mas a TV Cabo Branco informou que ele tinha transtornos mentais. A prefeitura de João Pessoa emitiu nota lamentando o ocorrido e manifestando solidariedade à família, afirmando que o espaço segue todas as normas técnicas e de segurança exigidas.

Tanto a Polícia Militar quanto o Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC) foram acionados para o local. O zoológico foi completamente evacuado após a chegada das autoridades.

Situação da leoa após o ataque

O médico veterinário do Parque Arruda Câmara, Thiago Nery, revelou que a leoa envolvida no incidente havia passado por treinamento prévio para condicionamento e preparação para situações similares. Segundo o profissional, o animal ficou "muito estressado" após o ocorrido.

"O animal é condicionado, então ele passa gradativamente, anualmente, por treinamentos e esse treinamento garantiu que conseguiu colocar esse animal de volta sem uso de arma de fogo, sem uso de tranquilizante, de dardo, e aí ele obedeceu, foi pra dentro do seu recinto. Obviamente que teve uma demora porque o animal estava muito estressado e em choque também", explicou Nery.

A leoa agora está sendo acompanhada por uma equipe técnica multidisciplinar composta por biólogos, zootecnistas e veterinários. Um monitoramento detalhado será mantido nas próximas semanas para avaliar o comportamento e o bem-estar do animal após o trauma vivido.