BAIXEZA INACREDITÁVEL: Homem esfaqueia cadela 'Mel' em rua de Manaus e polícia corre atrás de pistas
Cadela esfaqueada em Manaus: polícia busca agressor

O que leva uma pessoa a cravar uma faca nas costas de um animal indefeso? Essa pergunta, que ecoa na cabeça de qualquer um com um pingo de humanidade, é o cerne de um caso revoltante que está acontecendo agora em Manaus.

A vítima? Mel. Uma cadela que, pelo que contam os vizinhos, era dócil, daquelas que só queriam carinho e um resto de comida. O cenário do crime foi a Rua 21, no bairro Parque 10 de Novembro – um lugar comum, de gente trabalhadora, que acordou com uma notícia absurda na segunda-feira (19).

Não foi um acidente. Foi algo intencional, calculado e de uma crueldade difícil de digerir. Testemunhas – sim, há pessoas que viram a cena horrorosa – contaram à polícia que um homem, ainda não identificado, se aproximou do animal e... bem, desferiu o golpe. Nas costas. Uma facada. Em uma cadela.

A Corrida Contra o Tempo

O que se seguiu foi um misto de desespero e ação. Alguém, com mais coração que o agressor, encontrou Mel agonizando e fez o óbvio: colocou o animal no carro e acelerou até a sede da Divisão de Crimes contra o Meio Ambiente (Dema). Imagina a cena? O carro chegou lá com a cachorrinha já bem fraca, perdendo sangue, a vida escapando por um ferimento que não deveria existir.

Os policiais da Dema, que estão acostumados a ver barbaridades, não viraram a cara. Imediatamente, tomaram providências. Levaram Mel para atendimento veterinário de urgência. Ela sobreviveu, graças a Deus – ou a quem quer que a tenha socorrido. Mas o trauma, esse fica.

Enquanto isso, a máquina investigativa foi acionada. Os agentes foram até a Rua 21, bateram de porta em porta, colheram depoimentos. Eles têm uma descrição do suspeito. Sabem como ele era, o que fez. Agora, é uma caça. Uma caça por um homem que ataca cadelas com faca. Que tipo de pessoa é essa?

O Eco nas Redes e a Pergunta que Não Cala

O caso, como era inevitável, explodiu nas redes sociais. A hashtag #JustiçaParaMel começou a circular, com pessoas de todo o Brasil – e até de fora – manifestando nojo e revolta. É um daqueles crimes que parece não ter lógica, que foge até da compreensão da maldade humana comum.

Especialistas em comportamento criminal, aliás, costumam dizer que este tipo de violência gratuita contra animais é um sinal de alerta gravíssimo. É um indicativo de que o indivíduo pode ser uma ameaça não só aos bichos, mas também às pessoas. A polícia sabe disso. A comunidade também.

O Delegado William Abreu, que comanda as investigações na Dema, foi direto: «Estamos tratando isso com a máxima prioridade. Conseguimos imagens de câmeras de segurança da região e temos pistas sólidas». Ele apela para que qualquer pessoa com informação – por menor que seja – fale. Ligue para o 181, o Disque-Denúncia. Não fique calado.

Enquanto a polícia corre atrás do responsável, Mel se recupera. Ela não sabe o que é um processo judicial, claro. Sabe apenas que sentiu uma dor inexplicável e que agora há pessoas tentando ajudá-la. O resto é com a justiça – e com a nossa capacidade de não nos calarmos diante de uma baixeza dessas.