Um caso de maus-tratos a animais mobilizou as autoridades em Teresina depois que um cachorro foi filmado sendo arrastado preso ao para-choque traseiro de um carro em movimento. O incidente aconteceu no dia 13 de novembro na Zona Norte da capital piauiense.
Motorista presta depoimento à polícia
Na manhã de quarta-feira, 26 de novembro, o condutor do veículo compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos. Em seu depoimento, o homem, que se identifica como tutor do animal, afirmou que o cachorro chamado Pudin é tratado como membro da família e que não percebeu quando o pet pulou para fora do carro.
O caso veio à tona após outro motorista gravar o momento em que o animal era carregado do lado de fora do veículo, sustentado apenas pela coleira presa ao seu pescoço. O vídeo gerou revolta nas redes sociais e chegou até a Gerência de Proteção Animal da Secretaria de Segurança Pública.
Investigacão em andamento
A partir das imagens e da denúncia formal, o caso passou a ser investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). De acordo com o tutor, no dia do ocorrido ele levava Pudin, sua esposa e filha para um sítio na Zona Sudeste de Teresina.
Devido à lotação do carro com familiares e bagagens, o motorista optou por colocar uma coleira no cachorro e amarrá-la na parte traseira do veículo. Em sua defesa, o homem alegou que Pudin não tinha o costume de ser transportado e que jamais imaginou que o animal pudesse pular da carroceria.
Resgate do animal
O condutor afirmou que só percebeu a situação quando outro motorista começou a buzinar insistentemente. Ao olhar pelo retrovisor, viu que Pudin havia pulado e estava pendurado pela coleira. Imediatamente, ele estacionou o carro e recolocou o cachorro no interior do veículo.
Segundo o tutor, Pudin foi adotado pela família depois de viver nas ruas, onde recebia alimento e água de moradores. O homem disse ter desenvolvido afeto pelo animal e decidiu levá-lo para casa. Em seu relato, ele garantiu que o cachorro se encontra bem e não sofreu ferimentos com o incidente.
O caso continua sob investigação das autoridades competentes, que avaliam se houve ou não crime de maus-tratos aos animais conforme a legislação brasileira.
