Grande Recife paralisa: protestos por moradia fecham vias e geram caos no trânsito
Protestos por moradia paralisam vias no Grande Recife

Não era um dia qualquer na Região Metropolitana do Recife. Logo cedo, quem precisou sair de casa se deparou com um cenário de filas quilométricas e buzinas ensurdecedoras. Motivo? Uma série de protestos simultâneos por moradia que simplesmente paralisou partes da cidade.

Por volta das 6h da manhã, grupos organizados começaram a bloquear vias estratégicas. Na BR-101, no sentido Cabo de Santo Agostinho, a situação ficou particularmente crítica. "Parecia um estacionamento a céu aberto", relatou um motorista que ficou mais de duas horas preso no congestionamento.

O que está por trás dos protestos?

Os manifestantes — em sua maioria integrantes de movimentos populares — exigem respostas concretas para a crise habitacional que assola a região. "A gente cansa de esperar promessas que nunca se cumprem", desabafou Maria dos Santos, 54 anos, enquanto segurava um cartaz feito à mão.

Entre as principais reivindicações:

  • Destravar projetos de habitação popular parados há anos
  • Priorizar famílias removidas de áreas de risco
  • Criar um plano emergencial para quem vive em situação de rua

A Prefeitura do Recife emitiu uma nota afirmando que "reconhece a legitimidade do protesto", mas pediu para que as manifestações não prejudiquem o direito de ir e vir dos demais cidadãos. Sabe como é — sempre aquela dança entre o direito de protestar e o caos urbano que isso gera.

Impacto no dia a dia

Quem achou que era só no trânsito que a coisa pegou, se enganou. Com as principais vias bloqueadas:

  1. Ônibus escolares atrasaram, deixando pais em polvorosa
  2. Entregas de mercadorias foram remarcadas
  3. Atendimentos médicos tiveram que ser reagendados

Nas redes sociais, a polarização foi inevitável. De um lado, quem apoiava a causa. Do outro, quem reclamava dos prejuízos. "Protestar é direito, mas tem hora e lugar", escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Outro rebateu: "Quando a casa cai literalmente, a hora é qualquer uma".

À tarde, a situação começou a se normalizar, mas o clima permaneceu tenso. Especialistas em mobilidade urbana alertam que protestos como esses tendem a se repetir enquanto as demandas por moradia digna não forem efetivamente atendidas. E aí, será que alguém está realmente ouvindo?