Parece até cena de filme, mas foi real e aconteceu num lugar que, teoricamente, deveria ser dos mais seguros. Na frente de uma delegacia da capital paulista, a coragem de alguns parece que chega a níveis estratosféricos.
Dois homens, numa discussão que rapidamente fugiu do controle, partiram para a agressão física. E olha, não foi brincadeira não. Socos e empurrões trocados bem ali, na calçada, com a placa da delegacia servindo de cenário paradoxal para a confusão.
A situação era tão intensa que um terceiro indivíduo – talvez um conhecido, talvez um bom samaritano – se viu na obrigação de intervir. Meteu-se no meio do fogo cruzado, arriscando levar um golpe perdido, na tentativa desesperada de apartar a briga. Uma cena de tensão que durou alguns minutos intermináveis.
Onde Estava a Lei?
Eis a pergunta que não quer calar: com tanta agressividade acontecendo literalmente na soleira da porta da autoridade, onde estavam os agentes? Será que ninguém ouviu o barulho, a algazarra? É uma daquelas situações que faz a gente coçar a cabeça e pensar na ironia do destino. A segurança, que deveria estar a poucos metros de distância, parecia estar a quilômetros de distância naquele momento crítico.
O vídeo, que rapidamente ganhou as redes sociais, causa um misto de espanto e indignação. Não é todo dia que se vê uma cena dessas. O mais preocupante, talvez, seja a naturalidade com que a violência explode, sem qualquer temor às consequências ou ao local.
Imagina o cidadão que vai até a delegacia para registrar um boletim de ocorrência e se depara com uma arena de luta livre na entrada. É de deixar qualquer um com os nervos à flor da pele.
Um Retrato Preocupante
Episódios como esse vão além do fato isolado. Eles funcionam como um termômetro da nossa sociedade, um alerta sobre como a intolerância e o impulso podem falar mais alto que o bom senso. Brigar na porta da delegacia é, no mínimo, uma demonstração de que o respeito pelas instituições – e pelos outros – anda em baixa.
Resta saber se os envolvidos foram identificados ou se a confusão terminou com alguém entrando pela porta da delegacia, mas não para fazer uma ocorrência rotineira. O caso, com certeza, vai render assunto.
