
Parecia cena de filme apocalíptico, mas era real como o chão que a gente pisa. Nesta terça-feira, o céu de Irecê, no interior baiano, presentou os moradores com um espetáculo que mais parecia pintura surrealista. Uma nuvem de cor alaranjada, com formato absolutamente peculiar — algo entre nave espacial e escultura abstrata — dominou o horizonte e virou assunto único na cidade.
O fenômeno começou por volta das 17h, justo quando o sol começava a se despedir. E não foi discreto. "Nunca vi nada parecido em todos os meus anos vivendo aqui", confessou a aposentada Maria Santos, 68, que quase deixou o café queimar no fogão ao avistar a cena pela janela. "Pensei: será que é sinal do fim do mundo?"
O que os especialistas dizem?
Segundo o Climatempo, essa beleza toda tem explicação científica — ainda que não perca o encanto por isso. A tal nuvem laranja seria resultado de um fenômeno chamado convecção úmida não profunda. Soa complexo, mas basicamente significa que o vapor d'água na atmosfera se condensou de forma específica, criando essa formação visualmente impactante.
O mais curioso? Essas nuvens costumam ser inofensivas. Diferente das temíveis nuvens de tempestade, elas não carregam raios, ventanias ou qualquer outra ameaça. São só... arte celestial passageira.
A cidade parou para olhar
Nas redes sociais, a reação foi imediata e vibrante. O Facebook e WhatsApp de Irecê viraram álbum de fotos coletivo. "Parece que alguém derramou tinta no céu", brincou um morador. Outro comparou: "É como se Deus tivesse resoluto fazer arte moderna hoje".
Os registros mostram tons que variam do laranja suave ao quase avermelhado, dependendo do ângulo e da hora. E o formato — ah, o formato! — realmente desafiava a imaginação. Alguns juram ver um pássaro gigante, outros uma espécie de fungo cósmico.
Fenômeno passageiro, memória eterna
Por volta das 18h30, o espetáculo começou a se dissipar. A nuvem foi perdendo a cor intensa e o formato peculiar, até se tornar mais uma formação comum no céu noturno. Mas o impacto, esse ficou.
Quem perdeu pode respirar aliviado: segundo os meteorologistas, fenômenos como esse não são exatamente raros, mas dependem de condições atmosféricas muito específicas. Quem sabe a natureza não resolve repetir a dose em breve?
Enquanto isso, Irecê guarda nas lembranças — e nos celulares — o dia em que o céu decidiu ser artista por algumas horas. Coisa linda de se ver, ainda mais quando é de graça.