O céu azul e sem nuvens que tem dominado a paisagem paraibana esconde um perigo silencioso. O Instituto Nacional de Meteorologia soou o alarme: o ar está ficando cada vez mais seco em aproximadamente 100 municípios do estado. E não é brincadeira não.
Parece até contraditório, mas enquanto o sol brilha intensamente, a umidade relativa do ar despenca para níveis preocupantes. Estamos falando de índices que variam entre 12% e 20% - algo que, convenhamos, é mais seco que biscoito de polvilho esquecido no forno.
Quando a secura aperta
O alerta do INMET é do tipo "estado de atenção" e vale desde as 10h desta sexta-feira até as 10h de domingo. Mas cá entre nós, quem mora na Paraíba sabe que essa história de tempo seco não é novidade nesta época do ano. O que preocupa mesmo é a intensidade.
As regiões mais afetadas? O Alto Sertão, Cariri/Curimataú, Sertão e Borborema estão no centro dessa situação. Cidades como Patos, Sousa, Cajazeiras, Campina Grande e Santa Luzia aparecem na lista - e olhe que são só algumas delas.
E o que isso significa na prática?
Bom, quando a umidade cai dessa forma, nosso corpo sente - e muito. A pele fica ressecada, os olhos ardem, a garganta coça... É uma verdadeira maratona de desconforto. E para quem já tem problemas respiratórios, a situação pode ser ainda mais complicada.
Mas calma, não é preciso entrar em pânico. Existem medidas simples que fazem toda a diferença:
- Hidratação é a palavra de ordem - beba água como se não houvesse amanhã
- Evite atividades ao ar livre entre as 10h e 16h, quando o sol está mais forte
- Use umidificadores ou até mesmo bacias com água nos ambientes
- Lave nariz e olhos com soro fisiológico regularmente
E atenção redobrada com crianças e idosos, que costumam sentir mais os efeitos desse tempo seco.
Não é exagero, é precaução
Algumas pessoas podem achar que é alarmismo, mas a verdade é que baixos índices de umidade trazem riscos reais à saúde. Desde ressecamento das vias aéreas até o agravamento de alergias e doenças respiratórias - sem contar o aumento do risco de incêndios em vegetação.
O INMET não costuma brincar em serviço quando emite esses alertas. Eles monitoram constantemente as condições climáticas e, quando dão o sinal amarelo, é melhor a gente levar a sério.
Para os paraibanos, a recomendação é ficar de olho nos boletins meteorológicos e, principalmente, nos próprios corpos. Quando a respiração fica difícil ou a pele começa a repuxar, são sinais de que o tempo seco está fazendo estragos.
Enquanto isso, resta torcer pela chegada das chuvas - que nesta época do ano parecem mais personagens de histórias em quadrinhos do que realidade no sertão.
