
Parece que o mato está crescendo mais rápido que a paciência dos prudentes — e os números não mentem. A prefeitura de Presidente Prudente está literalmente na cola dos proprietários de terrenos sujos, com um aumento que chama atenção: 27% a mais de notificações emitidas só neste ano.
De janeiro a setembro de 2025, já foram 1.583 avisos formais para que os donos ponham a casa — ou melhor, o terreno — em ordem. E olha, não é só questão de estética não. A coisa é séria.
O perigo escondido no mato alto
Enquanto muita gente acha que é frescura da prefeitura, os agentes de controle de zoonoses veem coisa muito pior. "É uma festa para roedores, escorpiões e mosquitos da dengue", comenta um agente que prefere não se identificar. "Cada terreno sujo é basicamente um hotel cinco estrelas para pragas urbanas."
E não é exagero. Só pensar: com as chuvas de verão chegando, a situação pode virar um pesadelo de saúde pública. Aquele cantinho com mato alto que parece inofensivo? Pode estar criando o próximo foco de doença na sua rua.
Como funciona a fiscalização
Aqui vai o passo a passo que está deixando muitos proprietários em alerta:
- Denúncia ou vistoria: Tudo começa quando alguém reclama ou os fiscais identificam o problema durante suas rondas
- Notificação formal: Chega aquele papel oficial dando prazo para limpeza
- Segunda chance: Se nada acontece, vem uma notificação extra
- Hora do aperto: A prefeitura limpa e manda a conta — com multa incluso
E adivinha? Só neste ano, 62 terrenos já foram limpos pela prefeitura porque os donos simplesmente ignoraram os avisos. A conta chegou depois, é claro.
Por que tanta gente deixa pra depois?
Conversando com alguns moradores, você descobre de tudo: desde quem esqueceu que tinha um terreno herdado até quem acha caro demais contratar serviço de limpeza. Tem também aqueles — e não são poucos — que simplesmente não ligam.
"É incrível como algumas pessoas preferem pagar multa a pegar numa enxada", brinca um vizinho que mantém seu quintal impecável. "Parece que a preguiça fala mais alto."
Mas a verdade é que o custo da negligência pode ser bem maior do que se imagina. Além do risco à saúde, tem o valor da multa e ainda o serviço de limpeza — que sai bem mais caro quando é a prefeitura quem faz.
O que dizem os números
Comparando com o ano passado, o crescimento é significativo. Em 2024, foram 1.250 notificações no mesmo período. Agora, 1.583. Alguém diria que a sujeira está em alta, mas na verdade é a fiscalização que apertou.
A prefeitura garante que não é caça às bruxas, mas uma questão de saúde pública mesmo. "Estamos priorizando áreas com maior risco de proliferação de doenças", explica um representante. "O objetivo não é multar, é conscientizar."
E você, já deu uma olhada no terreno do lado hoje?