Novas Construções no Brasil Terão que Seguir Padrões de Eficiência Energética — Entenda as Regras
Construções terão padrão mínimo de eficiência energética

Pois é, parece que finalmente vamos ver uma virada nas construções pelo país. O governo federal resolveu botar ordem na casa — ou melhor, nas construções — e publicou uma norma que estabelece padrões mínimos de eficiência energética para novos empreendimentos.

Não é brincadeira não. A portaria saiu no Diário Oficial desta segunda-feira e mexe com projetos residenciais, comerciais e de serviços. A ideia é simples, mas pode mudar bastante o jeito como a gente pensa em construir: reduzir o consumo de energia desde a planta baixa.

O que muda na prática?

Bom, vamos ao que interessa. A partir de agora, os projetos terão que atender a requisitos específicos de desempenho térmico e iluminação natural. Traduzindo: as construções precisarão ser pensadas para gastar menos energia com ar-condicionado e luz artificial.

Parece óbvio, né? Mas a verdade é que até hoje muitos empreendimentos eram levantados sem pensar muito nisso. Agora, a coisa ficou séria. O INMETRO vai ficar responsável por estabelecer os métodos de avaliação — e olha, eles não são fáceis de enganar.

E os prazos? Quando isso começa valer?

Aqui é que está o pulo do gato. A norma já está publicada, mas a implementação vai ser gradual. Primeiro, os grandes empreendimentos comerciais. Depois, as residências. Dá um tempo para o setor se adaptar, mas não muito.

Aliás, quem já está no meio da construção precisa ficar esperto. Dependendo do estágio do projeto, pode ser necessário refazer alguns cálculos. Melhor não deixar para a última hora, como sempre digo.

E o bolso do consumidor?

Ah, essa é a pergunta que não quer calar. No começo, pode ter um leve aumento nos custos — uns 3%, segundo as estimativas. Mas a conta fecha no longo prazo. Uma construção eficiente pode economizar até 30% na conta de luz. Faz as contas aí: em dez anos, o que você não gastou com energia já pagou o investimento extra.

E tem mais: valorização do imóvel. Quem não quer uma casa ou apartamento que gasta menos? No mercado atual, isso pode ser o diferencial na hora de vender ou alugar.

E o meio ambiente?

Pois é, não é só o bolso que ganha. O planeta agradece. Menos consumo de energia significa menos termelétricas ligadas, menos emissões de carbono... Enfim, uma cadeia positiva que beneficia todo mundo.

Particularmente, acho que era mais do que tempo de uma medida dessas. A gente vive reclamando da conta de luz, mas muitas vezes são as próprias construções que nos obrigam a gastar mais. Agora, pelo menos, temos uma direção.

Claro que vai ter resistência. Sempre tem. O setor da construção civil vai reclamar dos custos, alguns arquitetos vão dizer que é complicado demais... Mas, convenhamos, não dá mais para ignorar a sustentabilidade. Ou a gente se adapta, ou a gente se complica.

E aí, o que você acha? Vai fazer diferença na sua vida? Na minha opinião, é daquelas mudanças que a gente só vai perceber daqui a alguns anos — mas quando perceber, vai agradecer.