Não se engane com a trégua momentânea no termômetro. O perigo, esse, continua pairando no ar — literalmente. A Defesa Civil bate novamente na tecla do alerta máximo para queimadas em todo o Vale do Paraíba e região, e a situação é daquelas que exigem atenção redobrada.
Parece até contraditório, não é? Afinal, a gente sentiu aquele alívio — ainda que breve — no calorão de rachar. Mas é aí que mora o perigo. A umidade relativa do ar, aquela velha conhecida nossa, decidiu dar uma baixada preocupante. E quando o tempo fica seco assim, qualquer faísca vira um convite para o desastre.
O que dizem os números (e eles não mentem)
Os índices estão longe do ideal. A umidade relativa do ar, que deveria nos dar uma folga, continua mergulhando em níveis críticos. A gente sabe que abaixo dos 30% a coisa fica feia, e abaixo dos 20%… bem, aí é estado de alerta geral. E é justamente aí que estamos navegando.
E não adianta achar que é exagero de quem gosta de drama. Só no ano passado, a região registrou um aumento — e não foi pouco — no número de focos de incêndio em comparação com anos anteriores. A vegetação, já castigada por longos períodos de estiagem, vira combustível pronto para pegar fogo. E pega rápido.
E o que a gente faz para não virar notícia?
A Defesa Civil não cansa de repetir, e eu vou ecoar o coro: a prevenção é a nossa maior — e melhor — arma. Algumas coisinhas básicas fazem uma diferença do tamanho do mundo:
- Jogar bitucas de cigarro pela janela do carro? Nem pensar. Parece óbvio, mas é sempre bom lembrar.
- Fogueiras e balões estão absolutamente proibidos. Isso aqui não é festa junina.
- Queimar lixo ou restos de poda no quintal? Melhor não. Aquele ventinho inofensivo pode levar o perigo para longe, bem rápido.
- Latas e vidros abandonados? Eles podem agir como uma lente under pressure, focando os raios de sol e iniciando um incêndio. Melhor recolher.
E claro, se você vir qualquer foco de incêndio, a regra é clara: não tente ser herói. Acione imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199). Eles são os profissionais treinados para isso.
É frustrante, eu sei. A gente mal saiu de uma onda de calor e já tem que se preocupar com outra ameaça. Mas infelizmente, é a nossa realidade — especialmente nesta época do ano. A natureza dá seus sinais, e cabe a nós prestar atenção.
Fiquem espertos, pessoal. A segurança de todos começa com um pouquinho de cuidado de cada um.
