
O cenário no Tocantins é de tirar o fôlego — literalmente. Desde que 2025 começou, o estado já contabiliza uma cifra assustadora: mais de 4 mil pontos de fogo devorando vegetação. Nem mesmo o inverno úmido conseguiu frear essa escalada de destruição.
Os números, que parecem saídos de um filme apocalíptico, mostram uma realidade dura:
- Média de 16 focos por dia
- Áreas críticas concentradas no norte do estado
- Picos nos meses de julho e agosto
O que está por trás das chamas?
Especialistas apontam um coquetel explosivo: práticas agrícolas antiquadas, fiscalização com recursos minguados e — pasme — até casos de incêndios criminosos. "É como enxugar gelo", desabafa um técnico do PrevFogo, que pediu para não ser identificado.
O ar? Virou um perigo invisível. Hospitais já relatam aumento de 30% em atendimentos por problemas respiratórios. E olha que a temporada crítica mal começou...
Consequências que vão além da fumaça
Para além da saúde pública, o prejuízo ambiental é incalculável. Espécies inteiras de fauna e flora estão sendo varridas do mapa antes mesmo de serem estudadas. E tem mais: os rios do estado, já castigados pela seca prolongada, agora enfrentam assoreamento acelerado pelas cinzas.
Moradores relatam cenas dantescas. "Acordei com o sol vermelho e um cheiro de queimado que impregnou até as roupas no armário", conta Dona Maria, aposentada de Palmas. Ela não é exceção — a névoa espessa já faz parte da rotina em várias cidades.
Enquanto isso, o governo estadual promete "medidas enérgicas", mas os resultados práticos ainda não apareceram. Será que 2025 vai bater o recorde histórico de queimadas? Tudo indica que sim — e com folga.