
A situação está complicada, gente. Quem mora em Rio Branco sabe como é — quando o Rio Acre resolve mostrar sua força, a cidade toda sente. E não estou falando só das cheias que a gente já conhece bem.
Pois é, parece que a natureza pregou mais uma peça na capital acreana. Dessa vez, foram os sedimentos — aquelas partículas de terra e areia que o rio carrega — que resolveram dar um trabalho danado no sistema de abastecimento.
O Que Está Acontecendo Exatamente?
As duas Estações de Tratamento de Água (ETAs) que abastecem Rio Branco — a do Benfica e a do Amor — estão operando com capacidade reduzida. E olha, não é pouco: estamos falando de uma queda de 40% na produção de água tratada. Isso significa que os reservatórios da capital simplesmente não estão enchendo como deveriam.
O problema? A água do Rio Acre chegou nas estações de tratamento com uma turbidez simplesmente absurda. Traduzindo: tão cheia de sedimentos que as estações precisam reduzir drasticamente a vazão para conseguir tratar a água direito.
E o Povo, Como Fica?
Bom, a realidade é que vários bairros já estão sentindo na pele — ou melhor, na torneira — as consequências disso tudo. A Depasa, que é a companhia de saneamento local, emitiu um comunicado tentando explicar a situação, mas convenhamos: de pouco adianta quando você abre a torneira e só sai um fiozinho de água — ou pior, nada.
O mais preocupante é que ninguém sabe direito quando isso vai normalizar. Depende do rio, das chuvas, de uma série de fatores que fogem ao controle humano. Enquanto isso, a recomendação é a de sempre: economizar água. Mas como economizar algo que já está em falta?
Um Problema que se Repete
Quem vive há mais tempo em Rio Branco sabe que essa história não é exatamente novidade. O Rio Acre tem dessas — em certas épocas do ano, especialmente quando chove mais forte na região ou em partes da Bolívia (de onde o rio vem), a turbidez aumenta consideravelmente.
Mas parece que desta vez a coisa veio com mais força. Talvez as mudanças climáticas estejam intensificando esses fenômenos, quem sabe? O fato é que a população fica refém de uma situação que, francamente, deveria ter soluções mais definitivas.
Enquanto as autoridades buscam alternativas — e o rio decide quando vai ficar mais calmo —, resta aos moradores se virar como podem. Baldes, tambores, e aquela velha esperança de que a normalidade volte logo.
Porque água, meus amigos, é daquelas coisas que a gente só dá valor quando falta. E em Rio Branco, está faltando.