Amazônia em crise: secas frequentes ameaçam ciclo da água e liberam carbono
Secas na Amazônia afetam ciclo da água e liberam carbono

Parece que a Amazônia está ficando sem fôlego. E não é exagero. As secas, cada vez mais frequentes e intensas, estão bagunçando o que deveria ser um ciclo perfeito — aquele que mantém a floresta viva e o planeta mais fresco.

Água que some, carbono que volta

Você já parou pra pensar como uma árvore na Amazônia consegue bombear água pro ar? São verdadeiras bombas naturais. Mas quando falta chuva, essa engrenagem emperra. E o pior: o carbono que estava quietinho no solo começa a escapar.

Dados de um estudo recente mostram que:

  • As secas extremas aumentaram 28% nas últimas décadas
  • Áreas afetadas perderam até 40% da capacidade de reciclar água
  • O solo, normalmente úmido, vira pó — e libera CO2 feito chaminé

Efeito dominó climático

"É como se alguém tivesse puxado o tapete debaixo da floresta", comenta um pesquisador. Sem água circulando, as nuvens diminuem. Menos nuvens, menos chuva. E aí? Mais seca. Um círculo vicioso que não acaba bem.

E tem mais: aquela história de que a Amazônia é o "pulmão do mundo"? Pois é, ela está começando a tossir. Com as árvores estressadas, a absorção de carbono cai. E o que estava armazenado no solo vai parar na atmosfera.

O futuro (não tão) verde

Se continuar assim, a previsão é sombria. Algumas áreas podem virar savana antes do que imaginávamos. E o pior? Isso afeta todo mundo, não só o Brasil. O clima global está intimamente ligado à saúde da Amazônia.

Mas nem tudo está perdido. Reduzir desmatamento e controlar queimadas já ajudaria bastante. A natureza tem uma capacidade incrível de se recuperar — se a gente der uma chance.