
O cenário é desolador. O que antes era um rio pulsante de vida agora parece um deserto aquático — leito rachado, peixes mortos espalhados como folhas secas, barcos que um dia navegaram agora presos na lama. Tudo isso em Mato Grosso, onde uma decisão técnica da usina hidrelétrica reduziu drasticamente o nível do reservatório.
Não foi por falta de aviso, dizem os especialistas. A usina alegou "medidas de segurança" após alertas sobre a estrutura. Mas será que valeu a pena? O estrago ambiental é imenso, e a comunidade ribeirinha — aqueles que dependem do rio para viver — está pagando o preço mais alto.
O que aconteceu exatamente?
Na quarta-feira (18), algo mudou. De repente, como se alguém tivesse puxado a rolha de uma banheira gigante, a água começou a sumir. Em questão de horas, o que era um rio virou praticamente um córrego. E os peixes? Nem tiveram chance. Morreram asfixiados, presos em poças cada vez menores.
Os pescadores locais contam histórias de horror. "Parecia um filme de terror", diz um deles, olhando para o barco que agora repousa inclinado no que antes era o fundo do rio. "A água sumiu tão rápido que nem deu tempo de salvar nada."
E agora?
A usina garante que foi uma medida temporária, necessária para evitar "riscos maiores". Mas quando a água vai voltar? Ninguém sabe ao certo. Enquanto isso, o cheiro de peixe apodrecendo já se espalha pela região.
Ambientalistas estão furiosos. "Isso é criminoso", afirma um biólogo local. "Matar um ecossistema inteiro em nome da segurança? Devia haver outra forma."
E você, o que acha? Até onde empresas podem ir para proteger suas estruturas, mesmo que isso signifique destruir o meio ambiente?