Parece que o forno está literalmente ligado no interior paulista. Ribeirão Preto e uma porção considerável da região central do estado estão enfrentando uma daquelas combinações climáticas que deixam qualquer um de cabelo em pé – e não no bom sentido.
A umidade relativa do ar, aquela que deixa a garganta arranhando e a pele elétrica, despencou para níveis preocupantes. Estamos falando de patamares entre 15% e 20%, um cenário típico de deserto que transforma qualquer faísca em uma ameaça real de fogo.
Um Convite Perigoso para o Fogo
O Corpo de Bombeiros, que já está com a pulga atrás da orelha, emitiu um alerta geral. A vegetação, ressecada após um período sem chuvas significativas, está tão vulnerável que basta uma brasa de um fogão de roça, um pedaço de vidro fazendo efeito lupa sob o sol ou até mesmo uma bituca de cigarro descartada sem pensar para iniciar um incêndio de proporções assustadoras.
Não é exagero. A situação é, sim, crítica. E o pior? A previsão é que essa mormaço intenso e a secura persistam pelos próximos dias. A Defesa Civil municipal, sabendo do perigo, já está de sobreaviso, monitorando as áreas de risco e com os pés no acelerador para agir rápido, caso necessário.
Além do Perigo das Chamas: A Saúde Pede Socorro
E não é só a mata que sofre. Nossos corpos também sentem o baque. Ar seco nesse nível é um prato cheio para problemas respiratórios – asma, rinite, sinusite, tudo isso pode dar as caras com mais força. A recomendação dos especialistas é daquelas que a vó já sabia de cor: beber água até não aguentar mais.
Mas sério, hidratação é a palavra de ordem. E não adianta esperar sentir sede, porque aí já é tarde. Outras dicas de ouro? Evitar exercícios físicos pesados nos horários de pico do calor (entre 10h e 16h) e umidificar os ambientes com toalhas molhadas ou bacias d'água. Pequenas ações que fazem uma diferença danada.
O tempo, definitivamente, não está para brincadeira. Enquanto a chuva não resolve dar as caras, a palavra é prevenção. Cuidado redobrado com qualquer coisa que possa virar fogo. A cidade conta com a consciência de cada um.
