
Quem diria, hein? Enquanto muita gente ainda tem na memória aquelas imagens aterradoras de florestas em chamas, os números de 2025 chegam como uma lufada de ar puro - literalmente. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil registrou a menor quantidade de focos de incêndio em 25 anos. Sim, você leu direito: um quarto de século!
Os dados do INPE são mesmo para comemorar. Foram 89.242 focos detectados pelos satélites nos nove primeiros meses de 2025. Parece muito? Pois é quase 40% menos que no mesmo período do ano passado. Uma queda que, francamente, ninguém esperava tão expressiva.
Pantanal: onde a mudança foi mais dramática
O bioma que mais sofreu com as queimadas em 2024 agora é justamente o que apresenta a virada mais espetacular. No Pantanal, a redução chegou a assustadores 87%! Caiu de 8.166 focos para apenas 1.035. Algo realmente monumental.
Mas calma, a gente sabe como essas coisas funcionam. O clima deu uma ajuda, claro. As chuvas chegaram mais cedo e em maior volume este ano, criando uma barreira natural contra o fogo. Só que atribuir tudo à natureza seria simplificar demais a história.
Operação Guardiões do Bioma fez a diferença?
O governo federal insiste que suas ações tiveram papel crucial. A tal Operação Guardiões do Bioma, com aquelas equipes de brigadistas espalhadas por áreas críticas, parece ter surtido efeito. Investimento em prevenção, fiscalização mais presente - essas coisas, quando funcionam, fazem diferença mesmo.
Na Amazônia a coisa também melhorou, embora menos radicalmente. Queda de 36%, saindo de 76.023 para 48.718 focos. Nada mal considerando a dimensão continental da região.
E o Cerrado? Ah, o Cerrado sempre complicado
O bioma segue liderando o ranking negativo, com 55% dos focos totais. Mas mesmo aqui houve avanço: redução de 32% comparado a 2024. É como dizem: melhor devagar e sempre do que parado no tempo.
Os especialistas que acompanham isso há décadas estão, digamos, cautelosamente otimistas. É a primeira vez desde 1999 - sim, século passado! - que os números ficam abaixo dos 90 mil focos nesse período. Algo mudou, e mudou para melhor.
Resta saber se é o início de uma tendência ou apenas um respiro. O clima ajuda, as políticas públicas (quando aplicadas) também, mas no fundo o que importa é que as florestas estão respirando mais aliviadas. E nós junto com elas.
Que venham mais anos como 2025. O planeta - e nossos pulmões - agradecem.