Imagine abrir o seu dia pescando — como faz todo dia — e deparar com peixes cheios de manchas escuras, escamas soltando e um cheiro que não engana: carne estragada. Foi exatamente isso que aconteceu com os moradores de uma vila ribeirinha no Pará, que agora estão entre o desespero e a dúvida. O que diabos está acontecendo com os peixes?
Não é frescura: o problema é sério
Não se trata só de aparência. Alguns pescadores relataram que, ao cortar os peixes, encontraram a carne já em estado de decomposição — mesmo em espécies recém-pescadas. "Nunca vi nada igual", confessou um ribeirinho, que preferiu não se identificar. "Até os cachorros recusam comer."
E não é para menos. O cheiro, segundo relatos, é tão forte que invade as casas e persiste mesmo depois de lavar as mãos várias vezes. Algo está muito errado.
Possíveis causas: da poluição ao "fenômeno natural"
- Vazamento químico? Alguns suspeitam de contaminação por agrotóxicos ou resíduos industriais, já que a região tem histórico de conflitos ambientais.
- Doença desconhecida? Pescadores mais velhos dizem que nunca viram nada parecido — o que descarta, na opinião deles, causas "naturais".
- Mudanças no rio? O nível da água e a temperatura estão diferentes este ano. Será que isso tem a ver?
Enquanto isso, as autoridades — sabe como é — ainda não deram um parecer oficial. "Estamos analisando", dizem. Enquanto isso, os ribeirinhos ficam no limbo: sem comer os peixes, sem vender e, pior, sem respostas.
E agora?
A situação é preocupante por vários motivos. Primeiro, porque muitos dependem da pesca para sobreviver — e não estão conseguindo vender nada. Segundo, porque há risco real de intoxicação alimentar se alguém resolver arriscar. E terceiro... bom, ninguém sabe se isso pode piorar.
"A gente vive do rio", desabafa uma moradora. "Se o rio tá doente, a gente tá doente também." E ela tem toda a razão.
