Fracasso em negociações: países não chegam a consenso sobre tratado global contra poluição por plásticos
Países não fecham acordo sobre tratado contra poluição plástica

Parecia promissor, mas no fim das contas, foi mais uma daquelas reuniões que deixam todo mundo com um gosto amargo na boca. Representantes de mais de 170 países se encontraram nesta semana para tentar fechar um acordo histórico — algo que pudesse frear de vez a avalanche de plástico que está sufocando o planeta. Mas, como já aconteceu antes, as negociações esbarraram em interesses conflitantes.

E olha que o assunto é urgente: a cada minuto, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de plástico é despejado nos oceanos. Você já parou pra pensar nisso? Enquanto isso, os delegados discutiam cláusulas e mais cláusulas, sem chegar a um denominador comum.

Onde está o problema?

Os pontos de atrito não são exatamente novidade:

  • Países produtores de petróleo — claro, o plástico vem daí — resistem a metas muito rígidas
  • Nações em desenvolvimento querem apoio financeiro pra mudar suas indústrias
  • Gigantes econômicos preferem regulamentações voluntárias (surpresa, né?)

"É como tentar fazer dieta enquanto trabalha numa doceria", brincou um observador, com aquela risada sem graça de quem já viu esse filme antes.

E agora?

A próxima rodada de negociações só acontece em seis meses. Enquanto isso, continuamos produzindo plástico como se não houvesse amanhã — ironicamente, pode ser que não haja mesmo, pelo menos não um amanhã com oceanos limpos.

Alguns países, porém, não estão esperando sentados. O Quênia, por exemplo, já baniu sacolas plásticas há anos e agora mira outros produtos descartáveis. "Quando a casa está pegando fogo, você não espera a reunião do condomínio pra chamar os bombeiros", argumentou seu representante.

E o Brasil nisso tudo? Ficou em cima do muro, como de costume. Nem pró-regulamentação ferrenho, nem contra. Só mais um espectador nesse teatro global onde, no final, o palco pode desmoronar sobre todos nós.