
Eis que a paisagem bucólica do Rio Aguapeí, em Lucélia, virou palco de um crime ambiental que deixou até os peixes indignados. Uma moradora da região de Salto Botelho resolveu bancar a "jardineira do caos" e meteu o facão em área de preservação permanente (APP) como se estivesse cortando bolo de aniversário.
A cena foi tão absurda que até os guarás-vermelhos — aquelas aves que normalmente fogem de confusão — pararam pra observar a destruição. Segundo os fiscais ambientais que flagraram o estrago, a área estava irreconhecível: árvores nativas no chão, solo revolvido e até vestígios de queimada.
Fiscalização não perdoou
Quando a equipe de fiscalização chegou, deve ter pensado que estava diante de uma cena de filme de terror ecológico. A multa veio rápido — e não foi mixuruca não. A infração ambiental pode custar à autora o equivalente a uma pequena fortuna, algo entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, dependendo da avaliação final dos danos.
E olha que a situação poderia ser pior: se provado que houve intenção de lucrar com a degradação (vendendo madeira, por exemplo), o caso poderia virar até processo criminal. A legislação ambiental brasileira, como se sabe, não brinca em serviço — e dessa vez mostrou os dentes.
O rio que pede socorro
O Rio Aguapeí, que já enfrenta seus desafios naturais, agora tem mais um problema pra lista. Especialistas alertam que cada metro quadrado de APP destruída é um passo mais perto de:
- Enchentes mais violentas
- Desaparecimento de espécies nativas
- Assoreamento acelerado
E o pior? Esses danos podem demorar décadas pra serem revertidos. Enquanto isso, a natureza cobra a conta — e quem paga somos todos nós.
Será que a lição vai ser aprendida? Bom, pelo menos dessa vez o sistema funcionou. A fiscalização agiu rápido e a mensagem ficou clara: mexeu com o meio ambiente, prepara o bolso.