MP entra em ação contra Prefeitura de Piraju por despejo irregular de esgoto em fossas urbanas
MP age contra Piraju por esgoto irregular em fossas urbanas

Imagine abrir a janela e se deparar com um cenário digno de filme de terror ambiental. É exatamente isso que está acontecendo em Piraju, onde o esgoto não tratado virou protagonista de uma trama que mistura negligência e perigo real.

O Ministério Público, cansado de esperar por soluções que nunca chegam, decidiu botar o pé na porta da prefeitura. E não foi de brincadeira. A promotoria jogou na mesa um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) exigindo respostas concretas – e rápidas.

O que está em jogo?

A situação é feia, pra ser sincero. Estamos falando de esgoto sendo despejado direto em fossas na área urbana, como se fossem lixeiras invisíveis. Só que o cheiro, ah, o cheiro entrega tudo. E o pior: a contaminação do solo e da água não dá trégua.

As fossas, que deveriam ser soluções temporárias e controladas, viraram fontes permanentes de poluição. É como ter um vazamento de gasolina no porão e ignorar porque "ainda não pegou fogo".

O prazo que não admite prorrogação

Aqui é onde a coisa fica séria. O MP deu 15 dias – sim, apenas duas semanas – para a prefeitura apresentar um projeto detalhado de como vai resolver essa bagunça. Não adianta chegar com promessas vagas ou planos de daqui a cinco anos.

E tem mais: precisa provar que tem dinheiro para executar as obras. Porque de nada adianta um papel bonito se não houver verba para transformá-lo em realidade.

O que me preocupa, sinceramente, é que casos assim geralmente se arrastam por anos. Dessa vez, parece que a justiça não vai deixar barato.

As consequências reais

Enquanto a burocracia se arrasta, moradores seguem convivendo com riscos diários. Doenças transmitidas por água contaminada não são brincadeira – hepatite, leptospirose e verminoses podem virar vizinhas indesejadas.

O meio ambiente também chora. Os poluentes infiltram no solo, alcançam lençóis freáticos e comprometem ecossistemas inteiros. É um efeito dominó silencioso e devastador.

E olha, não é como se fosse uma surpresa. A promotoria já vinha alertando sobre isso há tempos. Só que agora o discurso mudou para "chega de avisos".

O que esperar agora?

Se a prefeitura não se mexer – e rápido – as consequências jurídicas podem ser duras. Multas pesadas, responsabilização pessoal de gestores e até intervenção judicial no sistema de saneamento.

O povo de Piraju merece mais que desculpas. Merece ver ação concreta. Afinal, saneamento básico não é privilégio – é direito fundamental.

Vamos acompanhar de perto esses quinze dias decisivos. Porque algumas promessas não podem mais esperar nem um minuto sequer.