
Parece que o fogo encontrou um novo endereço preferido no mapa brasileiro, e infelizmente não é nada bom. O Maranhão está literalmente queimando, gente. Dados fresquinhos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) jogaram uma luz — uma luz amarela bem forte, diga-se — sobre a situação: o estado assumiu a vice-liderança nada honrosa no ranking nacional de queimadas.
Com 1.236 focos de calor detectados só em 2025 até agora, o Maranhão só perde para o Pará nesse triste pódio. E olha que o ano mal começou direito! É como se cada foco representasse uma pequena tragédia anunciada, uma promessa de destruição que a gente vê se cumprir ano após ano.
Um panorama que assusta
Quando a gente abre o mapa do Brasil, a situação fica ainda mais evidente. O Pará lidera com 2.583 focos — número assustador, convenhamos — seguido pelo nosso Maranhão e então por Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. A região norte parece estar engolida pelas chamas, e a sensação é de impotência.
Mas não é só no norte que a coisa esquenta. O Pantanal mato-grossense, aquele bioma frágil e tão lindo, também está sofrendo. Mato Grosso do Sul aparece em sexto lugar, com 744 focos. É como se o fogo estivesse avançando por todas as frentes, sem piedade.
E as chuvas? Cadê?
Aqui vai um dado que faz a gente coçar a cabeça: mesmo com todo aquele temporal de verão, com ruas alagadas e aquele molho geral, as queimadas persistiram. Como é possível? A resposta é mais complexa do que parece.
Especialistas apontam que, enquanto as chuvas caíam nas cidades, as áreas rurais e de floresta seguiam secas. E pior: muita gente aproveita o período chuvoso para preparar o terreno — literalmente — para as queimadas que virão na seca. É uma estratégia perversa, mas real.
O período proibitivo de queimadas, aquele onde é crime soltar fogo por aí, começou mais cedo este ano no Maranhão. Desde 15 de julho que acender fogo em áreas rurais é proibido. Mas, pelos números, parece que nem todo mundo recebeu o memo.
Biomas em risco
O Maranhão é esse lugar incrível onde a Amazônia encontra o Cerrado, com uma pitada de Caatinga e até manguezais. Uma mistura ecológica rara e preciosa. E tudo isso está sob ameaça.
Cada foco de queimada não é apenas um número num relatório — é uma árvore centenária virando cinza, um animal perdendo sua casa, uma comunidade tradicional vendo seu modo de vida desaparecer em fumaça. A gente fala tanto em biodiversidade, mas esquece que ela é feita de vida, não de estatísticas.
E o pior? Muitas dessas queimadas não são acidentais. São intencionais, para limpar terreno para pasto ou agricultura. É o progresso chegando na marra, com fogo e fumaça.
E agora?
A pergunta que fica é: o que fazer? Fiscalização é crucial, claro. Mas talvez a gente precise repensar como enxergamos nosso relacionamento com a terra. O fogo sempre foi uma ferramenta agrícola, sim, mas existem alternativas menos destrutivas.
Enquanto isso, o INPE segue monitorando, os bombeiros continuam combatendo, e a natureza… bem, a natureza tenta sobreviver. Resta saber por quanto tempo.