
Não foi um acidente qualquer. Algo de anormal e assustador aconteceu neste domingo (25) no Parque Serra Verde, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Diferente do usual, onde um foco começa e se alastra, vários pontos de fogo simplesmente surgiram ao mesmo tempo – uma ignição simultânea que imediatamente acendeu o alerta de que a situação era grave, muito grave.
O céu, que deveria ser azul, rapidamente se encheu de uma fumaça espessa e escura, um espetáculo macabro que podia ser visto de vários pontos da cidade. E as chamas? Bem, elas não foram tímidas. Testemunhas e os próprios bombeiros relataram labaredas que atingiram a marca inacreditável de 40 metros de altura – imagine um prédio de 13 andares sendo consumido pelo fogo. Sim, era assim.
A corporação foi acionada por volta das 14h30, mas quando chegaram ao local, o cenário já era de puro caos. Quatro viaturas terrestres e uma equipe de reforço aéreo foram mobilizadas para tentar controlar o inferno que se instalou na área de preservação. Uma verdadeira guerra contra o tempo e contra as labaredas, que pareciam ter vida própria.
Uma Luta Heróica e Incertas Causas
Os homens do fogo trabalharam sem tréguas. O combate ao incêndio, é claro, foi extremamente complicado. A topografia do parque, com seu terreno acidentado e cheio de vegetação, é o combustível perfeito para as chamas se espalharem rapidamente. E espalharam.
Agora, a pergunta que fica pairando no ar, tão pesada quanto a fumaça: o que teria causado uma coisa dessas? Vários focos começando juntos não parece com aqueles incêndios naturais, de causa acidental, sabe? O tenente da PM Ambiental, Leonardo Soares, não conseguiu esconder a estranheza. Ele confirmou a simultaneidade dos focos e admitiu que as investigações vão ter que apurar tudo muito bem – uma tarefa que promete ser complexa.
Enquanto isso, o parque, um pulmão verde vital para a região, arde. A dimensão total dos estragos ainda é uma incógnita. Qual o tamanho da área que virou cinzas? Que fauna local foi atingida? São perguntas que só o tempo e a poeira baixando vão responder.
Uma coisa é certa: o domingo em Contagem foi marcado por uma tragédia ambiental de cortar o coração. E a suspeita de que a mão humana – por ação ou omissão – está por trás disso tudo deixa um gosto ainda mais amargo na boca.