O cerrado respira fogo mais uma vez. Na Chapada dos Veadeiros, aquela joia natural que parece saída de um sonho, as chamas voltaram a dançar de forma assustadora neste fim de semana. E olha, não foi pouco — uma área considerável desse santuário ecológico simplesmente virou cinzas.
Pois é, enquanto a maioria de nós curtia o domingo tranquilo, uma verdadeira operação de guerra se armava no coração de Goiás. O Corpo de Bombeiros, aqueles heróis de uniforme que nunca tiram férias do perigo, montou um esquema especial só para tentar entender o que diabos aconteceu ali.
O que se sabe até agora?
Bom, as informações ainda são meio escassas, como sempre acontece nesses casos. O fogo começou no sábado, mas só no domingo é que a situação ficou realmente crítica. A região do Ribeirão São Bento, dentro do parque nacional, foi a mais castigada. E pensar que ali é um daqueles lugares que a gente vê em documentários — cheio de vida, cores e sons da natureza.
Os bombeiros trabalharam sem parar, suando a camisa sob um sol de rachar. Combater incêndio em área de preservação é uma das tarefas mais ingratas que existem — o terreno é acidentado, o acesso é complicado e o fogo tem uma malandragem impressionante para se espalhar.
Investigação a todo vapor
Agora vem a parte que mais preocupa: descobrir a causa. Será que foi aquela velha história de queimada para limpar pasto que fugiu do controle? Ou alguém foi descuidado com fogueira? Talvez até ação criminosa? A verdade é que ninguém sabe ainda, mas todos suspeitam de tudo.
O tenente Diogo Rabelo, um dos responsáveis pela operação, falou com aquela seriedade de quem já viu muita coisa: "Estamos fazendo de tudo para apurar as causas". Parece frase de político, eu sei, mas no caso dele a gente acredita — até porque o trabalho desses profissionais fala por si só.
O que me deixa pensando é: quantas vezes vamos ver essa cena se repetir? A Chapada dos Veadeiros não é apenas um cartão postal bonito — ela é vital para o equilíbrio ambiental do cerrado brasileiro. Lá vivem espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta. E o fogo, quando chega assim sem aviso, varre tudo como um rolo compressor.
E agora, o que esperar?
Os próximos dias serão decisivos. As investigações vão continuar — e tomara que encontrem respostas rápidas. Enquanto isso, as chamas já foram controladas, mas a ferida na terra ainda está aberta. A natureza até se regenera, é verdade, mas leva tempo. Muito tempo.
Fica aquela pulga atrás da orelha: até quando vamos tratar nosso patrimônio natural com tanta negligência? A Chapada dos Veadeiros merece mais respeito. O cerrado brasileiro, esse bioma tão menosprezado, clama por cuidado. E nós, como sociedade, precisamos acordar para isso antes que seja tarde demais.
O fogo apagou, mas as perguntas continuam queimando.
