
Não foi um dia qualquer no Parque Roosevelt. Por volta das 15h desta sexta-feira (16), o que deveria ser apenas mais uma tarde tranquila no pulmão verde de Bauru se transformou em cenário de caos — e fumaça. Três hectares de mata nativa viraram cinza diante de um incêndio que, segundo testemunhas, começou "do nada".
O Corpo de Bombeiros? Trabalhou como um relógio suíço — desses caros — para evitar que o estrago fosse maior. Quatro viaturas e 12 homens (sim, contamos) lutaram contra as chamas que teimavam em avançar, aproveitando o vento seco que castiga a região nesta época do ano.
Como tudo aconteceu?
Primeiro foi a fumaça. Depois, o cheiro de queimado que invadiu até as casas mais próximas. Moradores da região contam que, em menos de 20 minutos, o fogo já havia "pulado" de uma área para outra — coisa de louco. "Parecia que o chão estava pegando fogo sozinho", descreve um senhor que preferiu não se identificar.
- Horário: por volta das 15h
- Local: área de preservação do parque
- Equipamentos usados: abafadores e mangueiras
- Tempo de combate: quase 3 horas
E o pior? Ninguém sabe ao certo como começou. Os bombeiros suspeitam de uma bituca de cigarro mal apagada — aquela velha história que nunca deveria se repetir, mas sempre se repete. Outra possibilidade? Algum "gênio" resolveu fazer fogueira onde não devia. Enquanto isso, a natureza paga o pato.
E agora, José?
A área queimada equivale a quase três campos de futebol — para quem gosta de medidas mais palpáveis. E olha que poderia ser pior: se não fosse a rápida ação dos bombeiros (que merecem um cafezinho bem quente), o estrago seria incalculável.
O parque, diga-se de passagem, é um dos últimos refúgios de fauna e flora na região. Quantos bichos morreram? Ninguém sabe ao certo. Mas é de cortar o coração imaginar os bichinhos correndo desesperados — quando conseguiam correr.
"A gente tenta salvar o que dá, mas nessas horas você vê como o fogo é implacável" — desabafa um dos bombeiros, com a voz cansada.
Para os amantes da natureza (e olha que deveríamos ser todos), fica o alerta: época de seca + descuido humano = tragédia anunciada. E Bauru, que já sofre com o calorão, não merecia esse presente de grego.