
Um cenário de tensão e labaredas tomou conta da Estação Ecológica de São Simão, no interior paulista, neste domingo (25). As chamas, alimentadas pelo tempo seco e ventos, avançaram rapidamente pela vegetação, exigindo um trabalho intenso e corajoso das equipes de bombeiros e brigadistas.
Parece que o fogo simplesmente resolveu dar o ar da sua graça — e que graça amarga, diga-se de passagem. Segundo relatos, vários focos surgiram de repente, criando um verdadeiro quebra-cabeça de labaredas para os profissionais que corriam de um lado para o outro. A fumaça, densa e escura, subia alto, sendo visível a quilômetros de distância. Quem via aquilo de longe nem precisava de notícia no celular para saber que a coisa estava feia.
Os bombeiros, esses heróis de uniforme e suor, não mediram esforços. Usando abafadores e aproveitando os poucos recursos de água disponíveis, eles travaram uma batalha dura, suja e cansativa contra o fogo. A terra quente, o ar pesado e o cheiro de cinzas tomavam conta do ambiente. Trabalho braçal, suado e necessário — do tipo que a gente só lembra que existe quando a emergência bate à porta.
Mas afinal, o que está em jogo?
Além do óbvio risco à fauna e flora locais — porque sim, bichos e plantas viram reféns do fogo —, a estação ecológica é uma área de preservação importante para a região. Um patrimônio natural que, em minutos, pode virar brasa e depois pó. E a pergunta que não cala: como começou esse incêndio? Causa natural? Action humana? Ainda não se sabe, mas uma coisa é certa: o prejuízo ecológico é imenso.
Moradores da região relataram preocupação — e até certo desespero. “A fumaça era tanta que parecia que o dia tinha virado noite”, contou um vizinho, que preferiu não se identificar. Outros gravaram vídeos, compartilharam nas redes e ficaram de olho, na esperança de que o vento não mudasse de direção.
Até o momento, não há confirmação de feridos — o que, convenhamos, é um alívio e tanto. Mas a paisagem, essa, com certeza saiu machucada. E a recuperação? Demorada. Custa caro. E exige mais do que boa vontade: exige consciência.
Enquanto as equipes continuam no terreno, monitorando possíveis reaparecimentos de fogo, a população torce — e espera que lições sejam aprendidas. Porque fogo, assim como descuido, é coisa que se espalha rápido.