Ibama Derruba Muro em Alter do Chão: Ação Protege Área de Preservação Ambiental em Santarém
Ibama derruba muro irregular em APP de Alter do Chão

Era uma construção que simplesmente não deveria estar ali. Um muro erguido de forma irregular, cortando o acesso a uma área que, por lei, pertence a todos nós. O Ibama não teve dúvidas: derrubou tudo.

A ação aconteceu nesta quinta-feira em Alter do Chão, distrito de Santarém que é um dos cartões-postais mais bonitos do Pará. Um empreendimento particular — desses que surgem como cogumelos — resolveu avançar sobre a Área de Preservação Permanente (APP) às margens do Lago Verde. E pagou o preço.

O que exatamente aconteceu?

Os fiscais ambientais chegaram no local e constataram o óbvio: o muro estava onde não devia. A construção, que media aproximadamente 50 metros, foi totalmente removida. A operação usou até maquinário pesado — não deu moleza.

O pior de tudo? O empreendimento nem sequer tinha autorização para construir ali. Simplesmente resolveram fazer do jeito que bem entenderam, como se as leis ambientais fossem meras sugestões.

Por que essa área é tão importante?

As APPs não são invenção da natureza — são proteções legais para áreas frágeis. Margens de rios, topos de morros, encostas. Locais que, se degradados, causam um estrago sem volta. O Lago Verde, com suas águas cristalinas e areia branca, é justamente o tipo de lugar que precisa dessa proteção.

E pensar que tem gente que ainda acha que pode simplesmente construir o que quer onde bem entende... O Ibama mostrou que não, não pode.

E agora, o que acontece?

Além de derrubar o muro, o Ibama vai aplicar multas pesadas. E não é pouco: estamos falando de valores que podem chegar a R$ 50 mil. Dinheiro que, convenhamos, daria para fazer muita coisa legal — menos construir onde não se deve.

O empreendimento também terá que recuperar a área degradada. Não adianta só tirar o muro e deixar tudo largado — tem que devolver a área ao seu estado original.

É um recado claro para quem pensa em fazer gambiarras ambientais: o Ibama está de olho. E em lugares como Alter do Chão, onde o turismo depende diretamente da preservação ambiental, essa vigilância é mais do que necessária.

No fim das contas, essa história serve como lembrete: algumas belezas simplesmente não estão à venda. E tentar cercá-las com muros só vai resultar em... bem, você já viu no que deu.