O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou otimismo em relação ao volume de recursos que será captado pelo Fundo das Florestas Tropicais (TFFF), uma das principais iniciativas do governo brasileiro na COP30. Durante entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira, 10 de novembro de 2025, Haddad afirmou que acredita na superação da marca de 10 bilhões de dólares durante a presidência brasileira da conferência climática da ONU.
Expectativas para o Fundo das Florestas Tropicais
O ministro revelou que, apesar da Alemanha não ter anunciado seu aporte durante a COP30, ele calcula que o governo alemão deve divulgar o valor ainda em 2025. "Tínhamos a expectativa de que já na COP a Alemanha anunciasse", disse Haddad, "mas calculo que até o final deste ano a Alemanha anuncie".
Na última semana, a Noruega fortaleceu o fundo ao comprometer 3 bilhões de dólares em investimentos ao longo da próxima década. Esse anúncio elevou o total de contribuições prometidas para 5,5 bilhões de dólares.
Os três pilares do Brasil na COP30
Haddad detalhou as três propostas que considera prioritárias para o país durante a conferência climática que acontece em Belém (PA) nas próximas duas semanas:
- Fundo das Florestas Tropicais - iniciativa para captar recursos destinados à preservação ambiental
- Mercado internacional de carbono - estruturação de um sistema onde empresas compram e vendem créditos de carbono
- Taxonomia sustentável - compatibilização das classificações de atividades sustentáveis entre países
O ministro explicou que a taxonomia visa "compatibilizar as classificações de atividades sustentáveis em todos os países para que o meio ambiente não seja usado com mecanismo protecionista".
Gestão brasileira na iniciativa climática
A COP30 marca o início da gestão brasileira da iniciativa climática das Nações Unidas, que se estenderá até dezembro de 2026. Haddad classificou as três iniciativas como "os carros chefes do Brasil na COP30" e destacou que "são todas propostas muito engenhosas, criativas e factíveis do ponto de vista prático".
O otimismo do ministro reflete a confiança do governo brasileiro em avançar significativamente nas discussões sobre financiamento climático durante sua presidência na conferência, com Belém como palco central dessas negociações internacionais.
