
Numa operação que misturou surpresa e estratégia, fiscais ambientais deram um baile em pescadores irregulares nesta quinta-feira (15). O alvo? Quase meio quilômetro de redes armadas de forma criminosa nas águas do Rio Paraná, bem no município de Presidente Epitácio.
Parece brincadeira, mas não é — esses 400 metros de malha fina representavam uma ameaça silenciosa para peixes de todos os tamanhos, inclusive os ainda pequenos demais. "É como colocar uma cerca elétrica num berçário", comparou um dos agentes, que preferiu não se identificar.
Operação surpresa
Por volta das 5h da manhã — horário em que até os peixes ainda estão sonolentos — a equipe do Ibama chegou de barco, pegando os infratores literalmente com as mãos na massa. Ou melhor, nas redes. Nada de aviso prévio, nada de burocracia. Ação direta.
- Material apreendido: 400m de redes do tipo "espinhel"
- Local exato: margem esquerda do rio, próximo à área urbana
- Multa prevista: até R$ 20 mil por infração
O que mais chocou os fiscais? Algumas malhas tinham aberturas minúsculas, de menos de 3cm — armadilhas perfeitas para peixes juvenis. "Isso aqui é um atentado contra o futuro do rio", resmungou um veterano da equipe, enquanto recolhia os equipamentos ilegais.
E agora, José?
Os responsáveis (se é que podemos chamá-los assim) sumiram como peixe na água turva. Mas a história não acaba aqui — as investigações continuam, e os nomes dos possíveis infratores já estão circulando nos bastidores. A promessa é de que a conta vai chegar, e com juros.
Para quem acha que pesca irregular é "mimimi" de ambientalista, um aviso: além de destruir ecossistemas inteiros, essa prática desleal prejudica os pescadores honestos que seguem as regras do jogo. E olha que as regras não são nenhum bicho de sete cabeças...
Enquanto isso, o material apreendido vai virar prova em processos administrativos — e talvez até em ações criminais. O Ibama já adiantou que vai aumentar a frequência das blitzes na região. Melhor nadar longe dessas águas se seu negócio é ilegal.