Fazenda em MS na mira da lei: mais de 15 hectares de Mata Atlântica derrubados ilegalmente
Fazenda em MS desmata 15 hectares de Mata Atlântica ilegalmente

Parece que alguém achou que as leis ambientais eram só sugestão. No coração do Mato Grosso do Sul, uma fazenda está no centro de uma tempestade — e não é das chuvas. A propriedade, ainda não identificada oficialmente, está sendo investigada por ter virado o berço esplêndido da Mata Atlântica em um terreno lunar.

Segundo as primeiras informações, os fiscais do meio ambiente quase engasgaram com o que viram: mais de 15 hectares — sim, você leu certo — de vegetação nativa simplesmente desapareceram. Como se alguém tivesse passado uma lâmina gigante sobre a paisagem.

O estrago que não some com vento

Os técnicos que foram a campo descrevem a cena como "assustadoramente metódica". Não foi um acidente, não foi obra do destino. Alguém planejou, executou e — pasme — achou que não ia ser pego. A área desmatada equivale a uns 15 campos de futebol, pra dar uma noção do tamanho do problema.

E olha que a Mata Atlântica não é qualquer bioma, né? É aquele que já perdeu mais de 90% da sua cobertura original. Cada árvore derrubada é como apagar uma página de um livro raro — e nesse caso, queimaram capítulos inteiros.

O que diz a lei (e porque alguém ignorou)

Pra quem não sabe, desmatar área de preservação permanente é daquelas burrices que custam caro. A multa pode chegar a R$ 50 mil por hectare — faça as contas. Sem contar a possibilidade de responder criminalmente. Mas parece que o dono da fazenda preferiu jogar no modo hard.

Os órgãos ambientais estão com a pulga atrás da orelha. "Tem cheiro de coisa planejada", comentou um fiscal que pediu pra não ser identificado. Eles suspeitam que o terreno foi limpo pra dar lugar a pasto ou lavoura — o velho conflito entre produzir e preservar que nunca acaba bem.

Enquanto isso, os animais que dependiam daquela área devem estar se perguntando onde foi parar seu lar. A biodiversidade local levou séculos pra se estabelecer e horas pra ser destruída. Ironia cruel, não?

O caso ainda está sendo apurado, mas já serve de alerta: o meio ambiente tem memória, e a justiça — ainda que devagar — costuma alcançar quem acha que pode brincar de Deus com a natureza.