Era um dia comum em Barra Mansa até que o rio resolveu trocar de roupa. De repente, águas que costumavam ser claras apareceram com tons estranhos — um visual que deixou os moradores de cabelo em pé. Não, não era efeito especial de filme B, mas sim o resultado de um despejo irregular de resíduos que virou a paisagem do avesso.
Segundo relatos, a mudança na coloração foi tão abrupta que parecia que alguém tinha derramado tinta no curso d'água. "Nunca vi coisa igual", comentou Dona Maria, dona de uma vendinha próxima, enquanto agitava as mãos como se ainda não acreditasse no que seus olhos tinham visto.
Fiscalização em campo
Os órgãos ambientais não perderam tempo — assim que o caso veio à tona, equipes foram deslocadas para avaliar a situação. Ainda não se sabe exatamente o que foi despejado, mas o cheiro forte e a coloração anômala deixam claro que a coisa é séria. Seria resíduo industrial? Algo mais perigoso? As investigações vão ter que correr contra o relógio.
Enquanto isso, a população fica naquele misto de indignação e preocupação. Afinal, rio poluído é problema que molha todo mundo — pescadores, agricultores, moradores... Até os peixes, coitados, devem estar fazendo cara de paisagem.
E agora?
O caso já está sendo tratado como crime ambiental, e a multa pode ser salgada — coisa de fazer infrator torcer o nariz. Mas mais importante que punir é prevenir: será que faltam pontos de descarte regular na região? Ou foi pura má-fé mesmo?
Uma coisa é certa: o rio não vai voltar ao normal sozinho. A depender do que foi jogado ali, a recuperação pode ser longa e custosa. Enquanto os técnicos não descobrem o que exatamente transformou o rio numa pintura expressionista, o conselho é manter distância — melhor prevenir que remediar, como diz a vovó.
