Couro ilegal da Amazônia abastece marcas de luxo: estudo revela cadeia criminosa
Couro ilegal da Amazônia em marcas de luxo

Um estudo recente revelou uma cadeia criminosa que abastece grandes marcas de bolsas e acessórios de luxo com couro ilegal proveniente da Amazônia. A investigação mostra como peles de animais protegidos são retiradas de áreas de preservação e acabam em produtos de grifes internacionais.

O esquema ilegal

Segundo a pesquisa, o couro é extraído de animais como jacarés e cobras, muitas vezes em áreas de proteção ambiental ou terras indígenas. Os criminosos falsificam documentos para esconder a origem ilegal do material, que depois é vendido para curtumes e, posteriormente, para marcas renomadas.

Impacto ambiental

A prática não só ameaça espécies em risco de extinção, como também está diretamente ligada ao desmatamento ilegal na Amazônia. A retirada predatória de animais desequilibra ecossistemas inteiros, com consequências graves para o bioma.

Marcas envolvidas

Embora o estudo não cite nomes específicos, indica que várias grifes internacionais de alto luxo estariam recebendo esse material sem questionar sua procedência. A falta de fiscalização na cadeia de suprimentos permite que o couro ilegal seja "lavado" e entre no mercado legal.

O que diz a lei?

No Brasil, a extração de couro de animais silvestres sem autorização é crime ambiental com pena de até um ano de detenção, além de multa. No entanto, a aplicação da lei esbarra na dificuldade de monitorar áreas remotas da Amazônia.

Especialistas alertam que os consumidores podem estar, sem saber, financiando esse comércio criminoso ao adquirir produtos de luxo que utilizam couro de origem duvidosa.