
Parece que Belém vai ferver — e não é só por causa do calor amazônico. A confirmação de 47 países para a COP30, que acontecerá em novembro de 2025 na capital paraense, acendeu um alerta geral: onde todo mundo vai dormir?
Diante do iminente colapso hoteleiro, a organização do evento não perdeu tempo. Acabou de anunciar a criação de uma força-tarefa dedicada exclusivamente a encontrar soluções criativas — e rápidas — para acomodar os milhares de participantes esperados.
Um quebra-cabeça logístico de proporções globais
Não é exagero. A gente tá falando de receber delegações oficiais, observadores, jornalistas e ativistas ambientais do mundo inteiro. A infraestrutura hoteleira tradicional de Belém, sozinha, não dá conta. A previsão é de que a demanda por leitos supere em muito a oferta disponível.
E agora? O plano envolve pensar fora da caixa. A tal força-tarefa vai explorar um leque de alternativas:
- Hotéis e pousadas: Maximizar cada quarto disponível na cidade e arredores.
- Hospedagem solidária: Programas que incentivam moradores locais a abrirem suas casas.
- Embarcações: Navios-hotéis ancorados nos rios da região — uma solução com cara de Amazônia.
- Alojamentos temporários: Estruturas modulares ou em campings preparados para o evento.
Nada disso é simples, claro. Coordenar tudo isso exige um esforço hercúleo de logística, segurança e transporte. Mas é isso ou deixar visitantes dormindo em redes entre os mangueirais — o que, convenhamos, não seria muito profissional.
Muito mais que um problema de hospedagem
O que está em jogo aqui vai além de encontrar uma cama para todo mundo. A capacidade de receber bem os participantes é crucial para o próprio sucesso da conferência. Imaginem o clima — com trocadilho não intencional — se as delegações ficarem estressadas com problemas logísticos básicos.
Belém tem uma oportunidade única de ouro. A cidade pode se mostrar ao mundo não apenas como anfitriã de um evento crucial para o futuro do planeta, mas como um exemplo de como lidar com desafios complexos de forma inovadora e sustentável.
O sucesso (ou fracasso) dessa força-tarefa vai ecoar muito além de novembro de 2025. É uma chance de provar que o Brasil, e a Amazônia em particular, está pronta para ocupar um lugar central no palco global das discussões climáticas. A pressão é grande, mas a oportunidade é histórica.