
O cenário é de guerra, mas contra um inimigo invisível e implacável. Lá estão eles, os brigadistas, enfrentando o fogo com as próprias mãos na Chapada dos Veadeiros. Uma luta que parece desigual, diga-se de passagem.
Parece que o cerrado resolveu pegar fogo de vez. E não é pouco não. Os focos se multiplicam feito rastilho de pólvora, consumindo tudo pelo caminho. A fumaça sobe densa, manchando o céu daquela que é uma das paisagens mais belas do Brasil.
Uma batalha contra o tempo
Os profissionais trabalham contra o relógio. O vento não ajuda - ora parece que dá uma trégua, ora volta com mais força, espalhando as chamas como se fossem sementes ao vento. É desesperador.
Você já parou pra pensar no que significa enfrentar um incêndio dessas proporções? Não é como apagar fogo de churrasqueira, não. É suor, é fumaça nos pulmões, é o calor que parece derreter a roupa no corpo.
O que está por trás das chamas?
Bom, a seca está aí, cruel como sempre. Mas a gente sabe que nem tudo é obra do acaso. Tem dedo humano nisso, sim. Seja por descuido, seja por má-fé - o resultado é o mesmo: destruição.
E olha, o prejuízo é incalculável. A flora do cerrado, que já é tão ameaçada, virando cinza. Os animais... coitados, tentando fugir sem saber pra onde correr. É de cortar o coração.
Os brigadistas merecem todo nosso respeito. Enquanto a maioria foge do perigo, eles correm na direção oposta. Com equipamentos que parecem brinquedos perto da fúria das chamas.
E agora, o que esperar?
A situação ainda é crítica, pra ser sincero. As chamas não dão sinais de que vão ceder tão cedo. E os recursos? Sempre limitados, como de costume quando o assunto é preservação ambiental no Brasil.
Enquanto isso, a Chapada dos Veadeiros - patrimônio natural da humanidade, não esqueçamos - queima. E a gente aqui, de mãos atadas, torcendo pela chuva que teima em não chegar.
Restam as perguntas: até quando? E depois que o fogo passar, o que sobrará? São questões que ecoam no ar seco do cerrado, misturadas com o cheiro de cinzas.