
É um cenário que parece saído de um filme pós-apocalíptico. Quem navega pelas águas da Baía de Guanabara se depara com uma frota fantasma — mais de vinte embarcações que, literalmente, viraram sucata flutuante. E o pior? Essa situação se arrasta há tanto tempo que já virou parte da paisagem.
O que era para ser passageiro transformou-se em permanente. A situação é tão absurda que chega a dar vergonha alheia. Alguns desses navios estão lá desde os anos 90, sabia? Viraram praticamente monumentos à negligência.
Um Problema Que Não Afunda
A Capitania dos Portos tenta, parece que tenta. Mas é como enxugar gelo. Eles emitem notificações, multas — uma verdadeira papelada — mas a maioria dos donos some feito fantasma. Some e deixa o problema boando por aí.
Duas embarcações em especial chamam atenção pelo estado lastimável. Uma delas, um rebocador, já perdeu até o nome de tanto enferrujar. A outra, uma balsa, parece que vai desmontar a qualquer momento. É um perigo ambulante — ou melhor, boante.
Risco Real e Presente
Não é exagero dizer que cada uma dessas carcaças é uma bomba-relógio. O perigo é triplo:
- Navegação: São obstáculos quase invisíveis, principalmente de noite ou com nevoeiro
- Meio ambiente: Óleo, combustível, produtos químicos — um coquetel venenoso prestes a vazar
- Saúde pública: Mosquitos e outros vetores adoram essas estruturas deterioradas
E pensar que a Baía de Guanabara já foi cartão-postal... Agora tem partes que parecem cenário de filme catástrofe.
O Que Dizem as Autoridades?
A Marinha jura de pés juntos que o tema é prioridade. Dizem que monitoram diariamente e que trabalham com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para resolver o impasse. Mas convenhamos — quando algo vira "prioridade" por décadas, a palavra perde um pouco o sentido, não acha?
O processo de remoção é complicado, é verdade. Envolve identificar proprietários — quando ainda existem —, leilões, questões judiciais... Uma burocracia que faria qualquer um desistir.
Enquanto isso, as embarcações continuam sua lenta transformação em ferrugem. E o problema, ah, o problema teima em não afundar.