
Imagine acordar com o barulho de máquinas pesadas e descobrir que seu vizinho construiu uma casa no meio do mangue — sem alvará, sem permissão, sem nada. Foi exatamente o que aconteceu em Florianópolis nesta semana, quando uma construção clandestina, erguida em área de proteção ambiental, virou pó.
A prefeitura agiu rápido — e com razão. Afinal, manguezais não são quintais particulares. São ecossistemas frágeis, berçários de vida marinha, protegidos por lei desde 1965. Mas parece que alguém resolveu ignorar isso.
O que rolou?
Segundo fiscais, a casa — se é que podemos chamar aquilo de casa — estava em fase inicial de construção. Madeiras tortas, telhas mal encaixadas, tudo no improviso. Nem acabamento tinha, mas já estava lá, ocupando espaço que não era seu.
Moradores da região denunciaram. E não deu outra: a Secretaria Municipal de Meio Ambiente chegou com tratores e… puf! Virou história. Ou melhor, virou entulho.
E o dono?
Boa pergunta. Ninguém apareceu para reclamar — surpresa, né? — mas a prefeitura garante que vai identificar o responsável. E quando isso acontecer… Bem, a multa não vai ser pequena. Construir em manguezal pode render até R$ 50 mil por dia de infração. Sim, por dia.
Enquanto isso, a natureza respira aliviada. Ou quase. Porque, convenhamos, um caso desses não deveria nem existir. Mangue é sagrado para o litoral catarinense — e não é exagero dizer isso.
Fica o recado: quer construir? Procure a prefeitura. Senão, prepare-se para ver seu "castelo" virar pó em questão de horas. Como dizem por aqui: "O bagulho é sério, meu chapa".