Parece filme de ficção científica, mas é a pura realidade: a Antártica está perdendo gelo num ritmo que deixaria qualquer especialista de cabelo em pé. E olha que não é exagero – os números que saíram essa semana são de assustar até o mais cético dos cientistas.
O termômetro global está no vermelho
Dados coletados por satélites mostram que, só nos últimos 12 meses, a plataforma de gelo Larsen C perdeu uma área equivalente a duas cidades de São Paulo. Isso mesmo, você não leu errado. Dois Paulistas inteiros de gelo simplesmente viraram água.
"A situação é mais grave do que projetávamos há cinco anos", admite o glaciologista Carlos Menezes, que trabalha no monitoramento polar há décadas. Segundo ele, o processo está se acelerando de forma "quase exponencial".
Efeito dominó ambiental
O que muita gente não percebe é que:
- Cada centímetro que o nível do mar sobe significa mais risco para cidades costeiras
- O gelo derretido altera correntes marinhas que regulam o clima mundial
- Espécies inteiras podem desaparecer antes mesmo de serem estudadas
E aqui vai um dado que vai te fazer pensar: se todo o gelo da Antártica Ocidental derreter – o que, convenhamos, não é mais tão impossível assim – o nível do mar subiria mais de 3 metros. Imagina o que isso faria com o litoral brasileiro?
COP30: a hora da verdade
Com a conferência do clima marcada para Belém no ano que vem, o Brasil terá o desafio de liderar discussões sobre esse tema urgente. "Não podemos mais tratar isso como problema do futuro", alerta a ministra do Meio Ambiente. "O futuro chegou, e ele está molhado."
Enquanto isso, lá no Polo Sul, o gelo continua a derreter num ritmo que, francamente, ninguém sabe ao certo como frear. A única certeza? O relógio está correndo, e não temos plano B para esse planeta.
