Amazônia à beira do colapso: estudo revela que floresta está perto do ponto de não retorno
Amazônia perto do ponto de não retorno, alerta estudo

Um estudo recente do MapBiomas trouxe um alerta preocupante: a Floresta Amazônica está cada vez mais próxima de atingir o ponto de não retorno. Isso significa que, se o desmatamento continuar no ritmo atual, a maior floresta tropical do mundo pode perder sua capacidade de se regenerar, com consequências catastróficas para o planeta.

O que é o ponto de não retorno?

O ponto de não retorno é o momento em que a Amazônia deixará de ser um ecossistema úmido e exuberante para se transformar em uma savana seca. Segundo os pesquisadores, isso ocorrerá quando a floresta perder entre 20% e 25% de sua cobertura original. Atualmente, cerca de 17% já foram destruídos.

Consequências para o Brasil e o mundo

Se esse limite for ultrapassado, os impactos serão globais:

  • Redução drástica das chuvas no Brasil, afetando a agricultura e o abastecimento de água;
  • Liberação de bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, acelerando o aquecimento global;
  • Extinção em massa de espécies animais e vegetais;
  • Desestabilização do clima em várias regiões do planeta.

O papel do desmatamento e das queimadas

O relatório destaca que o desmatamento e as queimadas são os principais responsáveis por levar a Amazônia a esse cenário crítico. Apesar de alguns esforços de fiscalização, a destruição da floresta continua em níveis alarmantes, impulsionada principalmente pela expansão da agropecuária e pela grilagem de terras.

Há tempo para reverter?

Os cientistas afirmam que ainda é possível evitar o pior, mas o tempo está se esgotando. Medidas urgentes são necessárias, como:

  1. Intensificação da fiscalização contra crimes ambientais;
  2. Investimento em modelos sustentáveis de desenvolvimento para a região;
  3. Restauração de áreas já degradadas;
  4. Engajamento internacional para proteger a floresta.

A situação é grave, mas especialistas acreditam que, com ações imediatas e coordenadas, ainda podemos salvar a Amazônia antes que seja tarde demais.