Rio Branco sedia debates inovadores sobre gestão de resíduos na Amazônia
Amazônia discute futuro do lixo em evento no Acre

Imagine uma cidade onde o lixo vira oportunidade. Pois é exatamente essa magia que está sendo discutida nesta semana em Rio Branco, no coração da Amazônia. O evento 'Amazônia que eu quero' tá botando o dedo na ferida de um problema que muita gente finge não ver: o que fazer com tanto resíduo gerado na região?

Não é papo furado não. Desde ontem (15), especialistas de peso, gente do governo e até quem vive do lixo — literalmente — estão trocando ideias no Centro de Convenções. A programação? Bem diversa. Tem desde discussões técnicas sobre aterros sanitários até oficinas práticas de compostagem caseira. Coisa que, convenhamos, todo mundo devia aprender na escola.

O que tá pegando nos debates

Dá pra sentir no ar aquela urgência típica de quem sabe que o relógio tá correndo. Os números apresentados são de assustar: só no Acre, cada pessoa produz quase 1kg de lixo por dia. Multiplica isso por 900 mil habitantes e... bem, você faz as contas.

  • Logística reversa: Como fazer as empresas assumirem a responsabilidade por suas embalagens?
  • Educação ambiental: Sem conscientização, nenhum sistema funciona direito
  • Inovação: Novas tecnologias para transformar resíduos em recursos

O prefeito de Rio Branco, que abriu o evento, soltou uma frase que resume bem o espírito da coisa: 'Ou a gente resolve isso agora, ou vamos nadar em lixo daqui a dez anos'. Dramático? Talvez. Mas quem já viu os igarapés da cidade na época das chuvas sabe que ele não tá exagerando.

E o povo, o que acha?

Conversando com alguns participantes, dá pra perceber que a galera tá cansada de promessas vazias. Maria, catadora há 15 anos, me contou: 'A gente trabalha como formiga, separando tudo direitinho. Aí chega o caminhão e mistura tudo de novo'. Frustrante, né?

Mas nem tudo são críticas. Tem histórias inspiradoras rolando também. Como a do projeto que transforma garrafas PET em tijolos ecológicos — coisa linda de se ver. Ou a cooperativa que tá faturando alto com a venda de adubo orgânico. Prova de que, com criatividade, até o lixo vira ouro.

O evento segue até amanhã com uma programação intensa. Quem perder vai ficar pra trás nessa discussão que, convenhamos, não é mais só sobre ecologia — é sobre sobrevivência mesmo.