
Parece que a natureza finalmente encontrou um advogado em Teresina. A Justiça simplesmente enterrou o machado — ou melhor, a escavadeira — num loteamento que tava fazendo a festa com a vegetação local. O caso é sério, mas tem um quê de "era óbvio que ia dar merda".
Olha só o que aconteceu: um empreendimento imobiliário resolveu brincar de Deus com uma área que deveria ser preservada. Não foi um descuido, não — foi destruição pura e simples. As máquinas passaram como rolo compressor e varreram do mapa uma porção considerável de mata. Sumiu. Virou pó.
O estrago que não dá pra esconder
Agora vem a parte que mais me impressiona: os caras achavam que ninguém ia perceber? Em pleno 2025, com satélite tirando foto até da sua varanda? O Ministério Público do Piauí abriu o olho e foi conferir no local. E adivinha? O estrago tava mais visível que placa de político em ano eleitoral.
O juiz José James Gomes Pereira, da 3ª Vara da Fazenda Pública, não teve dúvidas. Na decisão, ele foi direto ao ponto: a empresa simplesmente ignorou todas as regras do jogo. Desmatou sem dó nem piedade, como se as leis ambientais fossem sugestão.
E agora, José?
A situação tá assim:
- Todas as obras paralisadas — e olha que não é sugestão, é ordem judicial
- Empresa proibida de fazer qualquer movimentação no local
- Multa pesadíssima se descumprir: R$ 50 mil por dia
- E o pior: a imagem do empreendimento foi pro beleléu
O que me deixa pensando é como ainda tem gente que acha que pode passar a boiada em área ambiental. Sério, em plena era das mudanças climáticas, com o termômetro batendo recorde atrás de recorde?
O MP-PI tá com a faca e o queijo na mão. Eles já tinham avisado que iam ficar de olho — e cumpriram a promessa. A promotora de Justiça Ana Carolina Vasconcelos Silva não só identificou o desmate como conseguiu a liminar que trancou o negócio.
Enquanto isso, os compradores dos lotes devem estar com o cabelo em pé. Investiram seu suado dinheiro num projeto que agora tá com o carimbo "problema ambiental". E a empresa? Bem, ela que se vire para explicar essa — digamos — falta de visão.
O caso tá longe de acabar. Isso é só o primeiro round. A batalha judicial promete — e duvido que a natureza vá perder essa.