
Numa reviravolta que deixou muita gente de cabelo em pé — especialmente quem achou que ia escapar ileso —, a Justiça Federal no Pará botou o pé no freio e manteve as sanções contra uma mineradora que teimava em explorar ouro onde não devia. Era uma área protegida, sabia? Mas parece que o brilho do metal falou mais alto.
O caso que virou pó de ouro
Pois é. A empresa, que prefere ficar no anonimato (como se fosse possível depois dessa), tentou recorrer para livrar a cara de uma multa pesada e de um embargo que paralisou suas atividades. Só que a turma da toga não comprou a história. "Decisão mantida", sentenciaram, sem dó nem piedade.
Não é de hoje que a região sofre com esse tipo de problema. A Amazônia paraense virou alvo fácil para quem quer enriquecer rápido, custe o que custar. E o pior? Muitas vezes a conta fica para o meio ambiente e para as comunidades que dependem dele.
Os números que doem
- A multa aplicada ultrapassa a casa dos milhões — dinheiro que, convenhamos, não cai do céu
- O embargo paralisou atividades que já deveriam ter sido interrompidas há tempos
- A área de proteção ambiental em questão é vital para a biodiversidade local
"Mas e o desenvolvimento econômico?", alguém pode perguntar. Bem, aí é que está: desenvolvimento sem planejamento vira bagunça. E bagunça, como sabemos, ninguém gosta de arrumar depois.
O que dizem os especialistas
Conversamos com um ambientalista que preferiu não se identificar (medo de represálias, você entende), e ele foi direto: "Isso aí é só a ponta do iceberg. Enquanto as penalidades não doerem mesmo no bolso, vai ter gente achando que vale a pena arriscar".
Por outro lado, representantes do setor mineral argumentam que a burocracia atrapalha o crescimento legítimo do setor. "Temos que encontrar um meio-termo", diz um deles, que também pediu para não ser nomeado. Difícil, hein?
Enquanto isso, a natureza agradece — pelo menos por enquanto. Mas será que essa vitória vai segurar a onda da ganância? Só o tempo dirá. Uma coisa é certa: a Justiça Federal no Pará mandou um recado claro dessa vez. Resta saber quem vai ouvir.