
A Justiça do Reino Unido rejeitou um pedido da mineradora Samarco, responsável pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), que causou uma das maiores tragédias ambientais da história do Brasil.
O desastre, ocorrido em 2015, deixou 19 mortos e um rastro de destruição que afetou comunidades e o meio ambiente ao longo de mais de 600 km, até o litoral do Espírito Santo.
A empresa tentava evitar que ações judiciais movidas por vítimas e familiares fossem julgadas no Brasil, argumentando que o processo deveria ocorrer no Reino Unido, onde a empresa tem parte de sua estrutura.
No entanto, o tribunal britânico manteve a decisão de que os casos devem ser julgados no Brasil, onde ocorreu o desastre. A decisão é considerada uma vitória para as vítimas e para a Justiça brasileira.
O rompimento da barragem liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, destruindo vilarejos, contaminando rios e afetando a vida de milhares de pessoas.
Até hoje, muitas comunidades ainda sofrem com os impactos da tragédia, enquanto a Samarco e suas controladoras (Vale e BHP Billiton) enfrentam uma série de ações judiciais no Brasil e no exterior.