BRK Ambiental leva multa milionária por vazamento de esgoto que poluiu o Lago de Palmas
BRK multada em R$ 1,7 mi por vazamento em Palmas

Parece que a BRK Ambiental resolveu dar um presente nada agradável para a população de Palmas. E olha que presentão: um vazamento de esgoto que, pasmem, foi parar direto no sistema de drenagem da cidade e seguiu rumo ao nosso tão querido Lago de Palmas.

Agora a conta chegou — e não foi barata. A empresa acabou de levar uma multa que faz qualquer um torcer o nariz: R$ 1,7 milhão aplicada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Alguém duvidava que ia dar merda? Desculpem o trocadilho, mas a situação é séria.

O que exatamente aconteceu?

Tudo começou em setembro do ano passado, quando a ADAPEC — aquela agência estadual que cuida da defesa agropecuária — flagrou a água suja sendo despejada no córrego Brejo Comprido. O local? Bem próximo à Avenida NS-10, na região norte da capital.

E não foi algo pequeno, não. A quantidade de esgoto liberada era suficiente para deixar qualquer ambientalista de cabelo em pé. A BRK tentou se explicar dizendo que era "água de lavagem de filtros", mas os técnicos que foram lá verificar constataram: era esgoto mesmo, e dos bons.

As consequências

O pior de tudo é que esse córrego onde o esgoto foi parar deságua justamente no Lago de Palmas. Sim, aquele mesmo que a gente tanto gosta de frequentar nos fins de semana, que dá vida à cidade e é praticamente nossa identidade.

Imagina só: esgoto doméstico, com toda aquela carga orgânica e quem sabe mais o quê, indo direto para as águas que banham nossa cidade. É de deixar qualquer um indignado, não é mesmo?

E a defesa da empresa?

A BRK, é claro, não ficou quieta. Eles recorreram da multa — porque no Brasil sempre tem recurso, né? — alegando que o descarte era de "efluente tratado" e que atendia aos padrões do CONAMA.

Mas a ANA não comprou essa história. Os fiscais foram categóricos: mesmo que fosse "tratado", o lançamento no sistema de drenagem urbana era proibido. Ponto final. A lei é clara como água — mas nesse caso, água poluída.

E tem mais: a empresa também tentou justificar que tinha autorização da prefeitura. Só que esqueceu de mencionar que essa autorização era específica para águas pluviais, não para esgoto. Detalhe importante, não?

O que isso significa na prática?

Além do dano ambiental óbvio — que pode afetar a qualidade da água, a vida aquática e até atividades de lazer — a multa serve como um puxão de orelha necessário. Mostra que empresas de saneamento, que deveriam ser exemplos em proteção ambiental, não estão acima da lei.

E pensar que a BRK é uma das maiores empresas de saneamento do país... Dá pra acreditar?

Agora é torcer para que essa multa milionária faça a empresa pensar duas vezes antes de negligenciar novamente o meio ambiente. Porque no final, quem paga o pato — ou melhor, o pato e os peixes do lago — somos nós, cidadãos.