
Parece que finalmente as coisas estão saindo do papel — e dos projetos — para a realidade. Nesta quinta-feira, uma reunião que poderia ter sido mais uma daquelas chatas de sempre acabou surpreendendo pela objetividade. Governo do Estado e a concessionária responsável pelo tão sonhado Túnel Santos-Guarujá sentaram à mesa e, olha só, saíram de lá com um plano concreto nas mãos.
O que estava em jogo? Basicamente, como fazer essa obra faraônica — que promete revolucionar a vida de quem depende da travessia entre as duas cidades — sem transformar o cotidiano da população num verdadeiro inferno. E acredite, não é pouco o que está sendo planejado.
Medidas práticas para minimizar o caos
Vamos ao que interessa: o que realmente vai mudar no dia a dia das pessoas? A lista é mais extensa do que se imaginava:
- Trânsito: Quem já enfrentou o trânsito na região sabe — é de enlouquecer. Eles prometem esquemas de desvio que não sejam aquela velha história de "siga as placas" que ninguém entende
- Transporte coletivo: Os ônibus vão ganhar rotas alternativas que, em teoria, deverão manter os tempos de viagem mais ou menos civilizados
- Acesso a comércio: Lojas e estabelecimentos que ficam nas áreas de intervenção direta terão sinalização específica — porque ninguém merece ver o comércio local definhar durante as obras
- Comunicação: Aqui foi a parte que mais me chamou atenção: vão criar canais diretos com moradores e empresários. Alô, 2025 — finalmente alguém entendeu que WhatsApp existe
Não vou mentir: ainda estou um pouco cético. Já vimos muitas promessas bonitas se perderem no caminho entre a reunião e a realidade. Mas desta vez, o tom foi diferente — mais pé no chão, menos discurso político.
O cronograma que pode (ou não) ser cumprido
Eis que surge a pergunta de um milhão de dólares: quando tudo isso vai acontecer? Bem, segundo o que foi apresentado, as primeiras intervenções práticas — aquelas que a gente realmente vai sentir na pele — devem começar ainda este mês. Outubro de 2025 entrando para a história, ou virando mais uma promessa vazia?
Os próximos meses serão decisivos. A equipe técnica — sim, aquelas pessoas que realmente entendem do assunto — já está mapeando cada centímetro da região. E não é exagero: falam em análise "centímetro a centímetro" das vias que serão afetadas. Parece exagero, mas considerando o tamanho da empreitada, talvez seja necessário.
Ah, e tem mais uma coisinha: vão monitorar tudo. Tudo mesmo. Ruído, vibração, qualidade do ar — aquele pacote completo que normalmente só aparece quando alguém faz barraco na imprensa.
Entre a esperança e o ceticismo
Quem mora na Baixada Santista já ouviu falar desse túnel por décadas — literalmente décadas. Parecia aquela lenda urbana que todo mundo comenta mas ninguém nunca vê. Agora, com reuniões técnicas acontecendo e prazos sendo estabelecidos, a sensação é diferente. Mas será que é hopeança ou esperança?
O que me chamou atenção foi a transparência — pelo menos aparente — do processo. Estão prometendo informar a população sobre cada fase, cada inconveniente, cada mudança. Na prática? Bom, na prática vamos ver. Mas é inegável que o nível de detalhe do planejamento impressiona.
Resta saber se, daqui a alguns meses, estaremos elogiando a organização ou xingando o caos. Uma coisa é certa: a mobilidade na região nunca mais será a mesma. Para o bem, ou para o mal.
Enquanto isso, vamos acompanhando. Com um pé atrás — sempre — mas com alguma expectativa. Afinal, quem não quer acreditar que, desta vez, pode ser diferente?