Não é exagero dizer que a situação beira o absurdo. Quem passa pelo Jardim Jequitibas, em Limeira, se depara com um cenário de total desamparo — uma praça pública que mais parece um terreno baldio, esquecido pelo poder público e transformado em depósito de entulho pela comunidade.
O mato já atingiu uma altura assustadora, tomando conta dos poucos bancos e equipamentos de lazer que um dia existiram ali. Garrafas pet, embalagens de isopor e sacos de lixo rasgados se espalham pelo chão, criando um visual deprimente que envergonha qualquer morador.
E o pior? A sensação de insegurança que isso tudo gera. "É um perigo", desabafa uma residente que preferiu não se identificar, com a voz carregada de uma frustração que só quem vive o problema conhece. "De noite, então, ninguém tem coragem de passar perto. Virou ponto para coisas erradas."
Reclamações que ecoam no vazio
Os moradores não estão calados. Longe disso. Eles já acionaram a prefeitura inúmeras vezes, seja por telefone, seja por canais online, exigindo uma ação — qualquer ação! — que revertesse aquele estado lastimável.
Mas a resposta, ou melhor, a falta dela, é sempre a mesma: silêncio. Um silêncio ensurdecedor que só aumenta a sensação de abandono. É como se aquela parte da cidade tivesse sido riscada do mapa pela administração municipal.
Um problema que vai além da sujeira
O acúmulo de lixo não é apenas uma questão estética, claro. Todo esse lixo acumulado é um convite aberto para insetos, ratos e outros vetores de doença. Um risco real à saúde pública, principalmente para as crianças e os idosos que vivem nas redondezas.
Além disso, o espaço, que deveria ser um pulmão para a comunidade, um local de convívio e brincadeiras, está completamente perdido. As famílias perderam uma área de lazer, e o bairro perdeu um pedaço da sua qualidade de vida.
A pergunta que fica, e que ninguém na prefeitura parece querer responder, é: até quando? Até quando os cidadãos de Limeira terão que conviver com o descaso em suas próprias portas? O direito a um ambiente limpo e seguro é básico, mas, pelo visto, ainda não chegou ao Jardim Jequitibas.
