Obras no Eixão de Brasília Paralisadas: Risco de Queda Põe População em Alerta
Obras no Eixão paralisadas por risco de desabamento

Parece que a tão prometida reforma no Viaduto do Eixão, um dos principais corredores de Brasília, virou um verdadeiro drama de suspense. E não do tipo que a gente gosta de acompanhar. As obras, que mal começaram, já estão com um atraso considerável — e o motivo é assustadoramente simples: risco real de desabamento.

Não é exagero. A Defesa Civil do Distrito Federal precisou intervir após vistoria técnica constatar situações de perigo iminente. Segundo laudos preliminares, a estrutura do viaduto apresenta vulnerabilidades que, em certos pontos, beiram o crítico. Uma queda, portanto, não é mera especulação catastrófica.

O Que Exatamente Aconteceu?

A empreiteira responsável pelos serviços, a Via 040, recebeu uma notificação de embargo. A ordem partiu da própria Novacap, que age como fiscal do contrato. O problema central? A tal da 'análise de risco'. Ou melhor, a falta dela. A empresa não conseguiu — ou não quis — apresentar um estudo detalhado sobre os perigos envolvidos na intervenção.

Sem esse documento, que é básico em qualquer obra de grande porte, fica impossível garantir a segurança dos operários e, pasmem, dos milhares de brasilienses que passam ali todos os dias. É um contrassenso total: iniciar uma obra para consertar um problema criando outro potencialmente pior.

E o Trânsito? Esquece.

Quem depende do Eixão para se locomover pela capital já sentiu o baque. O transtorno é monumental. O fluxo, que já era intenso, ficou ainda mais caótico com as faixas interditadas e os desvios implementados de forma improvisada. O pior é que não há prazo para normalização. A indefinição reina.

Um motorista de aplicativo que preferiu não se identificar resumiu a frustração geral: "É um inferno. Saio de casa uma hora mais cedo e ainda chego atrasado. E o pior é saber que pararam tudo por incompetência. É de lascar".

E Agora, José?

A bola, agora, está com a Via 040. A empresa tem um prazo — que não foi divulgado publicamente, diga-se de passagem — para elaborar e apresentar o plano de mitigação de riscos. Só após a aprovação desse documento pela Novacap e pela Defesa Civil é que os trabalhos poderão ser retomados.

Enquanto isso, a população fica refém de um jogo de empurra-empurra entre poder público e concessionária. Uma situação, no mínimo, vexatória para uma obra de tamanha importância. A sensação que fica é a de que a segurança do cidadão virou mera burocracia, um detalhe a ser resolvido depois. Preocupante, para não dizer outra coisa.